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Círculo de Construção de Paz reúne os representantes das unidades de acolhimento

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Mais um encontro do Círculo de Construção de Paz, foi realizado na última sexta-feira, 24. Desta vez, em uma iniciativa do Núcleo de Solução Extrajudicial de Conflitos (Nusol) e Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij), as equipes das Unidades de Acolhimento de Fortaleza foram convidadas para vivenciarem o momento de integração, diálogo e troca de experiências. O Círculo é uma prática da Justiça Restaurativa que faz parte do Projeto Sensibilizar e funciona como uma importante ferramenta de intensificação de diálogos, autoconhecimento, fortalecimento de vínculos, e consequentemente fortalecendo a pacificação social.

Diante do seu poder de integração, “seria muito valioso que os jovens das unidades tivessem a oportunidade de viver um momento como esse, onde se vence sentimentos, traumas, através de uma troca de empatia, respeito e escuta. Por isso é essencial que os profissionais sejam capacitados, preparados para tornarem isso real dentro das unidades de acolhimento”, destacou a supervisora do Nusol, Rozane Magalhães.

Compartilhando experiências, os participantes avaliam sua forma de atuação enquanto profissionais que lidam com situações de grande vulnerabilidade. Para Juliana de Jesus Oliveira, representante do Abrigo Santa Gianna a ação ressignificou o seu trabalho. “Esse momento de troca de experiências, de conversa, trouxe esperança e novo fôlego para vencer os desafios diários, buscando uma integração ainda maior com os educadores e, principalmente, com as crianças”.

A Defensora Pública do Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij), Ana Thallita de Siqueira Nobrega, participou do Círculo de Construção de Paz pela primeira vez e destacou a experiência como um momento de renovação. “Sem dúvidas, o Círculo é uma oportunidade de repensarmos, nos avaliarmos e ter ainda mais motivação para continuar realizando esse trabalho desafiador com empenho e dedicação”.

WhatsApp Image 2019-05-27 at 15.19.19(1)A supervisora do psicossocial Andreya Arruda avaliou como um momento ímpar e com uma riqueza de aprendizado pela percepção do outro. “Não é a toa que a Defensoria é representada pela cor verde. Aqui, sempre reforço para mim mesma a ideia de esperança que essa instituição representa para a população. O trabalho que desenvolvemos é no intuito de amenizar a dor do outro de buscar soluções. O Círculo de Construção de Paz é essencial para que os profissionais se fortaleçam e aperfeiçoem na construção de diálogo com as crianças e jovens com os quais lidam diariamente.”
Francisco José Gadelha da Costa, pedagogo da unidade Nossa Casa, salientou sobre o valor de projetos como esse. “Esse primeiro momento nos permitiu entrar em contato conosco, nossas frustrações e ideais, para a partir desse autoconhecimento, estar mais preparado para lidar com as dores e sentimentos dessas crianças que precisam tanto no nosso suporte e, antes de tudo, do nosso amor. Sempre que tiver esse encontro faço questão de ser convidado, pois foi uma experiência muito enriquecedora para mim como pessoa e profissional”.

Uma ocasião onde as mãos permanecem dadas em meio aos sorrisos e lágrimas, “a palavra que embasa esse círculo é gratidão. É uma unidade que se forma através do ouvir, de permitir que o outro se exponha sem medo, sem vergonha em um espaço preparado para acolher. Fico muito feliz em realizar o círculo com as equipes técnicas das Unidades de Acolhimento de Fortaleza, profissionais lidam com crianças e jovens que vêm de um contexto de sofrimento muito grande e essa ação visa prepará-los ainda mais como agentes de cuidado”, completou a supervisora do Nusol, Rozane Magalhães.