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“Com a Defensoria, mostramos um lado positivo da nossa realidade, indo na contramão do que é divulgado sobre violência”

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IMG_4483Nem mesmo a manhã chuvosa em Fortaleza inibiu os moradores da Granja Portugual de buscar seus direitos. Mais de 40 pessoas passaram durante o primeiro dia de atendimento do projeto Defensoria em Movimento, estacionado na avenida José Torres, próximo ao nº 1128 (esquina com Rua Humberto Lomeu). O serviço da Defensoria fica à disposição da comunidade até esta sexta-feira, dia 29. Além dos atendimentos jurídicos, em alusão ao mês de março, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, serão realizadas ainda palestras e rodas de conversa sobre os direitos das mulheres e o trabalho de defesa que é feito pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública. Durante a tarde, a Escola Municipal Conceição Mourão e o Projeto Bom Jesus (Rua Coronel João Correio, 1913 – Bom Jardim) receberam a defensora Ana kelly Nantua em oficinas de conscientização sobre os direitos das meninas, jovens e mães, em programa continuado de educação em direitos do Nudem.

IMG_4499A conselheira tutelar Luana Mota, de 28 anos, ressaltou a construção da relação entre os defensores e a comunidade. “Com a Defensoria, mostramos um lado positivo da nossa  realidade, indo na contramão do que é divulgado sobre violência, dando vez e voz para os moradores do bairro”. Ela e o marido, Daniel Carmo, fundaram, em 2007, o projeto Meu Bairro Tudo de Bom, e foram os articuladores para a presença da Defensoria na Granja Portugal. “É fundamental o acesso à justiça perto de onde está a vulnerabilidade social que, na maioria das vezes, é gritante. Muitas pessoas que aqui vivem convivem com as violações dos seus direitos dentro de casa e nem sabem a quem recorrer. Eles estão vendo aqui que a Defensoria Pública está de braços estendidos para ajudar, dar os esclarecimentos de cada ação e diminuir essa barreira social”, explicitou.

O pedreiro Josué Barros dos Santos, de 50 anos, estava aguardando o atendimento. Em 2014, ele sofreu um acidente de moto e até hoje ainda aguarda na fila de espera para uma cirurgia no ombro esquerdo. “Eu não consigo trabalhar porque preciso de força pra executar minhas funções. Quando soube pelo pessoal da Associação (de moradores) que o pessoal da justiça estaria aqui, vim dar entrada no pedido dos meus exames de ressonância para eu poder fazer a cirurgia. O médico já incluiu meu nome na fila de espera para cirurgias, mas até agora nada. A fila não anda e, desde 2014 , eu tento a cirurgia, mas nunca recebi nenhum encaminhamento do posto de saúde ou uma orientação de onde devo procurar. Vai dar certo agora que eu vou poder entrar com isso na justiça”, afirmou Josué, que portava toda a documentação pessoal e laudos relacionados ao problema de saúde.

Uma das maiores demandas do primeiro dia estava relacionada a regularização das casas no bairro, em ações de usucapião. Como foi o caso da costureira Estrela de Almeida Freitas, de 75 anos, que aguardava atendimento para dar entrada na regularização de um terreno que adquiriu há alguns anos. “Comprei esse terreno, mas ainda não passei para o meu nome. Só tenho o contrato de compra e venda. Quero regularizar isso e já deixar tudo dividido para os meus quatro filhos para não dar confusão depois, né?”, diz. Ela foi atendida pelo defensor público e assessor de Relacionamento Institucional Eduardo Villaça, que realizou os atendimentos ao lado das defensoras Ana Paula Asfor, Jeritza Braga e Adriana Melo. Ele explica que muitos não estavam com a documentação completa e devem retornar nos próximos dias para dar entrada nas ações judiciais. “Como ainda temos o restante da semana promovendo esses atendimentos aqui no bairro, muita gente pegou informação do que precisa e deve retornar nos próximos dias. Esta etapa também é importante porque criamos um vínculo com a comunidade, aproximamos a Defensoria ainda mais daqueles que precisam, levando justiça e cidadania”, destaca o defensor  público.

IMG_4520Com mais de um ano de funcionamento, o projeto Defensoria em Movimento já beneficiou mais de 13 mil pessoas. A ação itinerante já percorreu mais de 13 localidades, entre bairros da periferia de Fortaleza e municípios do interior. Os defensores públicos atuam próximo à comunidade, realizando as ações de educação em direitos e assistência jurídica gratuita à população.

   

 

SERVIÇO

Defensoria em Movimento no bairro Granja Portugal

Local: Avenida José Torres, próximo ao nº 1128 (esquina com Rua Humberto Lomeu – final da linha da Topic 54)

  Horário: 8h às 12h

Rodas de Conversa sobre Mulheres

Quinta, dia 28/3

13h30 – Escola Pequeno Aprendiz (Rua Londrina, 1972 – Granja Portugal)

15h30 – Roda de Conversa na Escola Creuza Carmo Rocha (Rua Duas Nações, 1055 – Granja Portugal)

Sexta dia 29/3

9h – Roda de Conversa no CRAS Granja Portugal (Rua Humberto Lomeu, 1130 – Granja Portugal)

10h30 – CREAS Conjunto Ceará (Av. Alanis Maria Laurindo de Oliveira, s/n – Conj. Ceará I)
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