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Defensores acompanham movimento de ocupação dos estudantes

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Defensores acompanham movimento de ocupação dos estudantes

Na manhã desta quinta-feira (02 de junho), a Defensoria Pública do Estado do Ceará acompanhou a manifestação de estudantes e professores na sede da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), no Cambeba. Os defensores públicos Alexandra Rodrigues de Queiroz, do Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC), e Francisco Eliton Albuquerque Menezes, designado para atuar na questão, foram convidados pelo movimento estudantil para acompanharem o ato e garantir a preservação de direitos dos envolvidos. Com instrumentos de percussão e palavras de ordem, os estudantes e professores ocuparam as rampas de acesso a três andares do prédio da Seduc e entraram em dois setores pela manhã. A ocupação foi pacífica.

Há 30 dias, a Defensoria vem acompanhado de perto a pauta de reivindicações do movimento #OcupeEscolas. “Tenho visitando algumas escolas ocupadas pelo movimento estudantil e conversado com eles, no entanto  algumas situações têm chamado nossa atenção. Algumas escolas têm salas de aula quentes, sem a refrigeração adequada; os banheiros são insalubres; as cozinhas também não tem limpeza adequada; em outras, os alunos não podem praticar as atividades de educação física porque as quadras não oferecem segurança ou estão inacabadas, faltam livros, equipamentos de segurança e acessibilidade”, elencou a defensora pública Alexandra Rodrigues de Queiroz.

DSC_0363 O estudante E.S., de 17 anos, descreveu todos os problemas da Escola Ensino Fundamental e Médio Padre Rocha, localizada no Bairro Joaquim Távora, que está ocupada há 3 semanas. “Minha escola está deteriorada, precisa de reforma na parte elétrica, no telhado, as salas são quentes. Queremos fazer uso correto do pátio, não tem nenhum tipo de equipamento de segurança, como por exemplo extintores de incêndio. Estamos aqui para apoiar a greve dos professores porque essa luta é unificada. Esses problemas não são de hoje. Há muito tempo nossas escolas estaduais não oferecem estrutura para uma educação de qualidade e precisamos reivindicar para chamar a atenção da população”, disse. Melhorias e reajuste para os professores também são defendidos pelos estudantes. “Não somos ameaça, somos os mesmos que estamos ocupando as escolas lutando contra a precarização da educação”, defendeu M. B., 16. Ele é aluno da escola Caic Maria Alves Carioca, no Bom Jardim, a primeira escola ocupada, no dia 28 de abril.

Atualmente são 59 escolas no Estado com ocupações de estudantes, conforme informações da Secretaria Estadual da Educação. Quarenta e dois (42) são na Capital. “A Defensoria está visitando todas as escolas e pretende atuar como mediadora das demandas, contemplando as pautas apresentadas durante as visitas. Todas as manifestações, como temos visto, são mais que legitimas e precisamos caminhar para um entendimento entre as partes e o Governo do Estado”, finalizou a defensora pública.