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Defensores públicos de Iguatu asseguram direitos dos presos em princípio de rebelião

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iguatu

A Defensoria Pública foi chamada a intervir em princípio de rebelião, ocorrida na noite desta terça-feira (21.03), no pavilhão 1 da Cadeia Pública de Iguatu, no Centro-Sul do Estado. Os defensores tomaram ciência do fato após cerca de 40 familiares dos detentos buscarem ajuda no Fórum da cidade. “No final do expediente nos surpreendemos com várias pessoas chegando ao fórum, alegando que foram impedidos de entrar na cadeia e afirmando que ouviram gritos de detentos. Os familiares estavam aflitos, muitas mães desesperadas e imediatamente fomos averiguar o que estava acontecendo”, relata o defensor público Paulo César Oliveira do Carmo.

Diante das denúncias, os defensores públicos Paulo César Oliveira do Carmo e Eduarda Paz e Souza, acompanhados da diretora da primeira vara da comarca, se deslocaram até a Cadeia Pública de Iguatu. Segundo o defensor público, todos os detentos das cinco celas do pavilhão 1 estavam sentados na quadra, nus, enquanto as celas estavam sendo revistadas. Enquanto isso, os familiares de presos aguardavam em frente a cadeia preocupados com a movimentação policial. “Nós ficamos apreensivos com aquela situação e a primeira preocupação era o resguardo da integridade física dos detentos e uma solução pacífica das circunstâncias”.

Ao término das revistas, a Defensoria Pública acompanhou a chamada de cada detento ao retorno da cela. “Foi importante a nossa presença durante as chamadas dos presos porque tivemos a oportunidade de averiguar se houve ou não delitos como tortura e abusos, pois a instituição estava ali para promover as garantias de direitos das pessoas no cárcere”, destaca o defensor público Paulo César Oliveira.

Após cada detento retornar à cela, os defensores públicos foram repassar aos familiares tudo o que havia acontecido. “Quando saímos de lá a população estava aplaudindo e gritando “viva a Defensoria Pública!” Foi uma experiência tensa, mas muito recompensadora.”

A Cadeia Pública de Iguatu tem capacidade para abrigar 55 presos, mas hoje, de acordo com o defensor público, a ocupação é de aproximadamente 140.