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Defensoria acompanha ação de reintegração de posse de comunidade em Limoeiro do Norte

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No alto da Chapada do Apodi, um acampamento com 150 famílias do Movimento Sem Terra (MST) ainda resiste na esperança de um local para morar e viver por meio do plantio possível graças às terras férteis da chapada. São famílias que compõem o assentamento Zé Maria do Tomé, na zona rural de Limoeiro do Norte, que na última quarta-feira, 21, receberam uma ordem de reintegração de posse do juiz Federal Titular da 15 Vara de Limoeiro do Norte, Bernardo Lima Vasconcelos Carneiro. No entanto, a ação não ocorreu, porque a Polícia não tinha viabilidade técnica para cumprir naquele momento.

WhatsApp Image 2018-11-22 at 15.42.02A maioria da população do acampamento sobrevive sem acesso aos seus direitos básicos e a Defensoria Pública do Estado do Ceará e a da União acompanham o conflito judicial com o Departamento Nacional de Obra Contra as Secas (Dnocs) pela ocupação da terra. “Estamos preocupados com a situação desta comunidade. É um assentamento há quatro anos e são 150 famílias que vivem lá de forma bastante estruturada. É um terreno extremamente produtivo com agricultura familiar”, explica a defensora Mayara Mendes.

Existe um litígio em relação a essas terras, pois elas são do o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). “Juridicamente a Defensoria do Estado não pode atuar nesse processo por se tratar de competência federal. No entanto, desde o primeiro acompanhamento, estamos à disposição dos moradores para tentar negociar extrajudicialmente com o DNOCS para as famílias permaneçam e, se o for o caso, ao cumprir a reintegração, estaremos presentes de modo que todos os direitos sejam preservados”, explica a defensora pública atuante em Quixadá, Mayara Mendes.

Desde o 3o Orçamento Participativo da Defensoria Pública do Ceará que ocorreu em Limoeiro do Norte, em maio deste ano, a instituição vem acompanhando a comunidade. As demandas das famílias vão além da questão da moradia. A Defensoria acompanhou questões como pensão alimentícia e reconhecimento de paternidade e uma equipe – composta pela defensora pública, Mayara Mendes, o defensor público e supervisor do Núcleo de Habitação e Moraria (Nuham), José Lino Fonteles, a ouvidora externa da Defensoria Pública, Merilane Coelho e Rose Marques, da assessoria de Relacionamento Institucional – promoveu um rico debate sobre acesso à justiça.