Defensoria atua como mediadora entre presos e polícia em motim
A Defensoria Pública foi chamada para intervir em um motim realizado pelos presos na Delegacia Regional de Iguatu, na manhã desta segunda-feira, 22. Quatorze presos reivindicavam a transferência para a Cadeia Pública da cidade, alegando falta de condições de mantê-los.
Segundo a defensora pública Eduarda Paz e Souza, que atua no núcleo de Iguatu, os detentos estão temporariamente na delegacia em decorrência da interdição da Cadeia Pública da cidade. “Eles querem a transferência para uma cadeia ou até para algum presídio, pois alegam que as condições na delegacia são ruins, não tem alimentação e a visita é muito restrita”, afirma a defensora.
A presença da Defensoria foi solicitada pelo promotor da 1a Vara da Comarca de Iguatu, Flávio Torres, responsável por acompanhar e inspecionar a atividade da polícia de Iguatu. “Ele entrou em contato com a gente para informar a situação e pedir o acompanhamento da Defensoria no caso. Nós fomos até a delegacia para acompanhar a situação e para certificar que não haveria nenhuma violação de direitos humanos. Não foi necessário o uso de força, a integridade física dos presos foi preservada e não foi constatado nenhum abuso por parte da polícia”, comenta Eduarda Paz.
A Defensoria Pública está realizando audiências de custódia no Fórum de Iguatu com os presos da delegacia regional, a fim de que sejam direcionados, preferencialmente, entre as cadeias do Cedro, Várzea Alegre e Mombaça.
