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Defensoria fará atuação extraordinária no atendimento às mulheres vítimas em Uruburetama

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uruburetama

Nesta quarta-feira (17 de julho) uma comitiva de instituições que integram a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres no Estado, composta pela Defensoria Pública do Estado do Ceará, Secretarias Estaduais, Assembleia Legislativa do Ceará, Ordem dos Advogados do Brasil e representantes do movimento de mulheres, irão à cidade de Uruburetama, a 109km de Fortaleza. A comitiva visa a apuração dos fatos denunciados contra o prefeito da cidade de Uruburetama sobre a acusação de abusos e estupros a pacientes enquanto exercia a função de médico.

A defensora pública e supervisora do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Jeriza Braga, explica que esta ida a cidade objetiva promover o diálogo com os atores políticos e com os movimentos sociais para que sejam identificadas as demandas emergenciais que podem ser assumidas por cada instituição. “Estamos tomando pé da situação, buscando ampliar a rede de garantia dos direitos das mulheres no município, e claro, cobrar a devida responsabilização do autor. A mulher, quando vítima de violência, não tem a mesma paridade de armas e precisa de um olhar diferenciado de todas as instituições”, assegura.

Em momento posterior, a Defensoria Pública do Estado do Ceará fará uma atuação extraordinária na cidade – que não possui defensor público titular – com vistas a montar uma rede de atendimento sistêmico às mulheres vítimas da violência. A proposta é que a instituição disponibilize seu atendimento, a defesa gratuita e o amparo jurídico necessário no decorrer da apuração das denúncias.

Na visita de amanhã (17) estão confirmadas as presenças da defensora pública e supervisora do Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Jeriza Braga, da defensora pública de segundo grau, Monica Barroso, da secretaria de Políticas Públicas para Mulheres, Denise Aguiar, da secretaria de Cidadania e Direitos Humanos, alia Gomes , e da deputada estadual Augusta Brito, além de outras representações.

NUDEM – Os Núcleos de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado do Ceará funcionam em Fortaleza e no Cariri e, em 2018, ampliaram sua abrangência atendendo, além dos crimes previstos na Lei Maria da Penha, os crimes sexuais e a inclusão do público trans e travestis.  Em Fortaleza, o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Defensoria Pública do Estado do Ceará, em 2018, registrou 4.388 atuações, aumento de 9,5% em relação a 2017 e 56,8% em relação a 2016. As maiores demandas apresentadas foram relacionadas ao direito de família, além de queixa crime e medida protetiva.

A supervisora alerta sobre a necessidade de ouvir e empoderar as vítimas para, principalmente, colocar um fim à cultura do silêncio. “As mulheres precisam conhecer quais são as situações de violência, porque muita gente ainda acha que é só a física ou cometida pelo companheiro, mas não é. Qualquer conduta que cause dano emocional, que diminua a autoestima da mulher, que prejudique o seu pleno desenvolvimento, é sim um ato violento. E ele não acontece só dentro de casa: acontece nas escolas, no ambiente do trabalho, nas ruas, no transporte público e nos hospitais. A Defensoria auxilia as mulheres a romper com esse ciclo de violência, oferecendo informações para que elas entendam seus direitos, oferta suporte para que elas não se sintam sozinhas e indica toda a rede de proteção para dar os encaminhamentos necessários e enfrentar essa situação absolutamente complexa”, reforça Jeritza Braga.