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Defensoria participa de audiência que investiga o crescimento de assassinatos de meninas

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O crescimento de assassinatos de meninas e adolescentes no Ceará mobilizou parlamentares e entidades ligadas à causa dos direitos humanos, na tarde desta segunda-feira (03/12), em audiência pública na Assembleia Legislativa. Além de jogar luz e buscar compreender a grave situação, o evento coordenado pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da AL se propôs a colaborar com a criação de políticas públicas para reverter o quadro. A defensora pública Gina Moura, coordenadora da Rede Acolhe, e assessora de relacionamento institucional da Defensoria e membro do Fórum Cearense de Mulheres, Rose Marques, integraram a mesa.

A iniciativa partiu dos deputados Renato Roseno (Psol), vice-presidente do colegiado, e da deputada Augusta Brito (PCdoB), procuradora Especial da Mulher na Assembleia, com apoio do projeto Pauta Feminina, da Procuradoria da Mulher do Senado Federal, representado pela senadora piauiense Regina Sousa (PT), e do Comitê Cearense de Prevenção de Homicídios na Adolescência.

Renato Roseno explicou que o Ceará é o estado com o maior número de jovens assassinados. Foram 981 adolescentes mortos em 2017, e a proporção de assassinato de meninas vem crescendo acima da média. Além disso, o parlamentar explicou que o Ceará é terceiro estado do país com maior número de feminicídios. Ele informou que o Comitê de Prevenção de Homicídios na Adolescência da AL vai investigar a situação em que essas mortes de meninas ocorrem e o contexto social. “Queremos lançar um olhar específico que produza uma agenda de políticas públicas específicas. Fala-se abertamente em liberação de armas e redução da maioridade, mas o que produz paz é a justiça”, afirmou Roseno.

A representante do Comitê de Prevenção de Homicídios na Adolescência da Assembleia Legislativa do Ceará, Daniele Negreiros, explicou que o número de vítimas do sexo feminino, entre 10 e 19 anos, passou de 27 em 2016, para 105 em 2018, no estado. Em Fortaleza também houve aumento, saindo de seis meninas mortas em 2016 para 31 em 2017. Ela ressaltou que há municípios e bairros que lideram os números, o que demonstra onde as políticas públicas são mais urgentes. “Essas mortes acontecem dentro de um contexto. Muitas vezes essa menina já foi vítima de violência. É possível evitar essas mortes”, pontuou.

Também estiveram presentes Camila Silveira, coordenadora Especial de Políticas Públicas para as Mulheres do Governo do Estado; Dillyane Ribeiro, representando Fórum DCA (Direitos da Criança e do Adolescente); a vereadora de Fortaleza Larissa Gaspar (PPL); Kilvia Teixeira, assessora do Ministério dos Direitos Humanos e o delegado Leonardo Barreto.

Com informações ALCE