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Defensoria realiza reunião com Sindiônibus e Etufor sobre autoatendimento nos ônibus de Fortaleza

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A Defensoria Pública do Estado do Ceará esteve reunida com representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) e da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) para discutir as denúncias recebidas no órgão sobre a implementação do sistema exclusivo de autoatendimento nos ônibus. A reunião aconteceu na sede da Defensoria, na tarde desta quinta-feira (19), com o objetivo de apresentar situações em que os usuários do transporte coletivo foram impedidos de embarcar nos coletivos, uma vez que não possuíam o bilhete eletrônico, e encontrar meios para que a população não seja prejudicada com o novo sistema.

A reunião foi conduzida pelo subdefensor público geral, Leonardo Antônio de Moura Junior, acompanhado pela secretaria executiva do órgão, Samia Costa Farias Maia, e pelas defensoras públicas do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), Rebecca Machado e Noêmia Landim. Participaram também da reunião o presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, o vice presidente da Etufor, Antônio Ferreira Silva, e a vereadora Larissa Gaspar, que buscou a Defensoria Pública chamando a atenção para a questão.

Apenas 689 coletivos da frota inteira da Capital ainda recebem o pagamento da passagem em dinheiro. Isso corresponde a 39,7% do número total de ônibus. De acordo com dados do Sindiônibus, nos últimos três meses 130 mil Bilhetes Únicos foram emitidos. Pelo menos 90% dos passageiros já utiliza o sistema de crédito eletrônico.

“Recebemos alguns relatos da população se queixando da negativa do pagamento em dinheiro nos transportes e alegando dificuldades no acesso para adquirir o cartão, com limitação nos pontos de venda. Por isso sugerimos a reunião para buscar uma solução possível e melhorar esse serviço”, iniciou a defensora supervisora do Nudecon, Rebecca Machado.

A vereadora Larissa Gaspar relatou alguns problemas no uso exclusivo dos cartões. “Não tenho críticas quanto a forma da tecnologia utilizada, mas acho que ela não pode vir excluindo pessoas. Ouvimos a população nos terminais, nas paradas de ônibus e realmente há queixas de problemas gerados porque o coletivo não recebia em dinheiro. São inúmeros os casos de pessoas que não puderam acessar o serviço, mesmo tendo dinheiro para pagar a passagem. Essa tecnologia tem que ser implantada para melhorar a vida dos consumidores, que têm o direito de escolher se vão efetuar o pagamento da passagem com dinheiro ou com o cartão”, destacou.

IMG_5481O presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira, explicou todas as formas de pagamento existente no momento do embarque dos passageiros. “É pensando nesse público que não tem nenhuma opção de passagem eletrônica no momento do embarque (vale-transporte eletrônico, vale eletrônico avulso, carteira de estudante, bilhete único, entre outros), que pensamos no Cartão Transporte Expresso. Esse novo cartão estará à disposição dentro dos ônibus ao custo de R$ 5. O usuário pode receber de volta o saldo remanescente da primeira recarga R$ 1,40 (R$ 5 menos R$ 3,60 da tarifa) nos terminais de ônibus, mas também pode usá-lo novamente fazendo mais recarga”, explicou Dimas

Além dessa nova opção, a Defensoria Pública solicitou uma força-tarefa na capacitação para os motoristas atenderem de forma mais humanizada o público e ainda realizar campanhas dentro dos terminais e nos transportes coletivos, divulgando ainda mais o serviço de autoatendimento para aqueles que desconhecem.

“Nos comprometemos aqui a fazer preparação com tratamento individualizado mesmo para conseguirmos orientar, tirar dúvidas, explicar como utiliza o cartão, onde comprar crédito e os pontos de recarrega. Vamos ainda escrever um manual de como tratar as minorias que ainda não conseguimos alcançar, porque queremos atender a todos. Não tenho todas as respostas ainda, mas entendi qual o objetivo e criaremos mecanismos para ter as respostas”, disse o presidente do Sindionibus.

Uma nova reunião está prevista para o dia 14 de outubro para que a Defensoria Pública possa acompanhar todos os encaminhamentos.