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Dez jovens em situação de acolhimento são selecionados para trabalhar

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Jovens de 15 e 17 anos. Em comum? Conquistar a autonomia e garantir um extra para consumir coisas que a idade apresenta como um sonho: um tênis novo, uma mochila do artista favorito ou mesmo uma caixa de chocolates. O almejado primeiro emprego agora é realidade para dez jovens que hoje residem em acolhimentos institucionais que, por abandono, negligência ou mais tratos, foram encaminhados para lá até que se decida a sua situação perante a família. Estes jovens foram selecionados durante o processo seletivo da Caixa Econômica Federal, entre 37, no início deste mês. Exclusiva para os jovens dos abrigos, as entrevistas de emprego foram para a maioria a primeira oportunidade de ingresso no mercado de trabalho (mas não a última). Dez deles terão uma completa mudança na rotina: além da escola, seguem para uma das agências bancárias, onde aprenderão um ofício e garantem a bolsa remuneratória.

De acordo com a defensora pública titular do Nadij, Ana Cristina Barreto, a partir dos 15 anos torna-se cada vez mais difícil a adoção e a oportunidade de trabalho surge como um estímulo a autonomia. A defensora conta que, através de um convênio firmado entre o Núcleo de Defesa da Infância e da Juventude da Defensoria (Nadij) com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), tem sido possível oportunizar estes meninos e meninas de adentrarem no mercado do trabalho. “É uma oportunidade ímpar: ingressar no mercado e adquirir autonomia, além de experiência. A gente compartilha com eles a alegria de dar um passo a mais na almejada independência financeira também”, pontua.

Ao longo da preparação dos jovens, a Defensoria promoveu cinco oficinas de capacitação, em parceria com o CIEE, como noções sobre a profissionalização, mercado de trabalho, possibilidades de atuação e programação. O treinamento contava com turmas nos períodos da manhã e tarde, além da carga horária de quatro horas-aulas e direito a certificação, totalizando 20 horas de formação.