Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

A Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP) promoveu nessa segunda-feira (10/8) treinamento online para colaboradoras, colaboradores, servidores e servidoras da sede administrativa da Defensoria. Ministrado pelo médico do trabalho Cláudio Patrício, o momento teve o objetivo de tirar dúvidas e oferecer orientações para um retorno seguro e responsável das atividades presenciais. Nesta quarta-feira (12/8), um segundo encontro acontecerá com aqueles que atuam nos núcleos da Capital e do Interior.

Cláudio Patrício destacou que a segurança do trabalhador não é intuitiva e sim uma construção de hábitos, algo novo para todos diante das limitações impostas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “Apesar do momento de insegurança, que é natural, tomar as medidas indicadas de forma assertiva permitirá que a retomada aconteça com segurança. A aceitação de que o contexto exige compromisso não só com os cuidados individuais, mas principalmente com o coletivo, é essencial”, destacou o médico.

A diretora da ESDP, defensora Patrícia Sá Leitão, pontuou sobre o posicionamento da instituição acerca da retomada e o engajamento para garantir as condições necessárias para uma retomada eficiente no tocante à saúde e à segurança. “A Defensoria tem acompanhando todo o cenário da pandemia e vem adotando todas as medidas indicadas. Para o retorno, não seria diferente. Estamos disponibilizando kits de segurança individual tanto para defensores quanto para colaboradores e estagiários, cuidando da adaptação dos ambientes e, sem dúvida, o treinamento reforça a conscientização e o entendimento de como cada um poderá colaborar para a prevenção, já que é uma responsabilidade de todos”, ressaltou.

O médico explicou como ter um comportamento prudente dentro do ambiente de trabalho. “O novo coronavírus causa infecções respiratórias e tem sintomas bastantes semelhantes ao de uma gripe comum (febre, tosse seca, sensação de moleza e cansaço), podendo causar também dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito e perda de fala ou movimento. É preciso estar atento aos sintomas. Em um primeiro momento, é indicado procurar atendimento remoto, para evitar exposição, e comunicar a chefia de imediato. Vale lembrar que as pessoas infectadas não necessariamente apresentam todos os sintomas. Entre 50 e 60% dos pacientes serão assintomáticos e aqueles com idade acima de 71 anos apresentam maior fator de risco.”

“Em tempos de pandemia não se deve compartilhar nada”. A orientação deve-se à alta taxa de transmissibilidade do coronavírus. “A contaminação pode acontecer muito facilmente, o que torna práticas rotineiras – como compartilhar objetos – uma grande chance de infecção”, afirmou o médico trabalhista.

A coordenadora administrativo-financeiro (Coafi) da DPCE, Nidia de Matos Nunes, participou do treinamento e reconhece a essencialidade de promoção da conscientização, orientação e oferta de um espaço para tirar dúvidas. “Foi uma abordagem completa, tratando de prevenção, diagnóstico, quadro clínico, transmissão, cuidados de higiene e tratamento dos sintomas da Covid-19 dentro das Instituições. Como conhecedor do assunto, dr Cláudio transmitiu as informações de forma clara e direta para que tenhamos o retorno ao trabalho de forma responsável e segura. Estou certa que não somos mais os mesmos e o novo modo de vida exigirá uma atenção redobrada por parte de todos que fazem a Defensoria. E a palestra reforça a conscientização do compromisso individual para resultados favoráveis para o coletivo.”

Para Cláudio Patrício, a situação atual deve motivar transformações definitivas. “Eu acredito que estamos plantando sementes para além da pandemia, no sentido de estimular as pessoas a continuarem com hábitos saudáveis de vida com noção e responsabilidade sobre seus comportamentos. Mesmo os resultados já sendo muito mais animadores, não se pode relaxar com as medidas de seguranças, pois ainda vamos ter casos e não sabemos quais se complicam. Se a gente muda, seremos impactados positivamente, mas se não houver mudança, os impactos serão negativos. Uma retomada segura depende de todos.”

O plano de retorno às atividades presenciais da Defensoria constará de quatro etapas, com previsão de início para o dia 24 de agosto e respeitando intervalo de 14 dias entre cada fase, onde gradualmente será acrescido o percentual de 25% de pessoal por setor. Só haverá atendimento externo, ao público, nas últimas fases. Nas duas primeiras, o atendimento continuará sendo feito de forma remota (por telefone, e-mail e Whatsapp), havendo atendimento presencial somente em casos de extrema necessidade e comprovação de impossibilidade de resolução online.

SINTOMAS MAIS COMUNS DO CORONAVÍRUS
Febre
Tosse seca
Sensação de moleza
Cansaço

SINTOMAS MENOS COMUNS DO CORONAVÍRUS
Dor de garganta
Dor de cabeça
Perda de paladar e olfato
Conjuntivite
Diarreia

SINTOMAS GRAVES DO CORONAVÍRUS
Dificuldade de respirar ou falta de ar
Dor ou pressão no peito
Perda de fala ou movimento

COMO SE DÁ A CONTAMINAÇÃO
Por transmissão respiratória
Superfície contaminadas
Gotículas de espirro
Secreção de pessoas contaminadas tendo contato íntimo e duradouro

POR ISSO, ATENÇÃO!
– Usar o material de proteção individual. (O ideal é que as máscaras sejam de 3 camadas e de forma lisa. A troca da máscara deve ser feita a cada duas horas. Levar dois recipientes para dividir as limpas e sujas para não contaminar)

– Não divida materiais – objetos
– Respeite o distanciamento de 2 metros
– Higienize sua mesa de trabalho
– Mantenha a higienização das mãos – água e sabão ou álcool em gel
– Evite abraços, beijos e apertos de mão
– Pratique etiqueta respiratória: ao tossir e espirrar, cubra nariz e boca com o braço e não com as mãos. Se utilizar as mãos, é preciso fazer a higienização
– Evitar tocar olhos, nariz e boca