Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Nadij participa da entrega de mandados de inscrição da sentença de adoção para 16 famílias

Publicado em

O sonho de ser pai, mãe ou de ter um pai e/ou uma mãe faz parte da vida de várias pessoas. Nem sempre é possível o vínculo sanguíneo. Aí entra a adoção, um gesto de amor que muda a vida de todos os envolvidos. Na tarde desta terça-feira (29.05), 16 famílias receberam os mandadIMG_9986os de inscrição da sentença de adoção, documento que permite a emissão da nova certidão de nascimento com o nome dos pais adotivos, em solenidade realizada no auditório Agenor Studart, no Fórum Clóvis Beviláqua.

“A presença da Defensoria Pública é muito importante para que as pessoas saibam que o processo de adoção é gratuito. A instituição presta esse atendimento, independentemente da condição econômica das pessoas, já que a legitimidade da Defensoria nesses casos é em razão da proteção da criança e do adolescente. Não tem custos e qualquer pessoa pode utilizar os nossos serviços”, destaca a defensora pública do Núcleo de Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude (Nadij), Ana Cristina Teixeira Barreto, que participou da mesa de honra junto a desembargadora Vilauba Fausto Lopes; do diretor do Fórum Clóvis Beviláqua, José Ricardo Vidal Patrocínio; do coordenador das Varas da Infância e Juventude de Fortaleza, Raimundo Deusdeth Rodrigues Júnior e da promotora titular da 3ª Promotoria da Infância e Juventude, Sofia Farias Lima de Melo

“A gente sempre quis ter um filho homem, já tínhamos duas mulheres e minha esposa fez a ligação das trompas, aí não podia mais ter filhos. A minha cunhada tinha dado um filho para adoção, soubemos que ele estava em um abrigo em Limoeiro do Norte e fomos até lá, foi amor a primeira vista e sabíamos que aquele seria o nosso filho”, conta Rogério Rodrigues que recebeu na tarde desta terça-feira o mandado de inscrição da sentença de adoção.

“A participação da Defensoria Pública no processo de adoção tem uma importância dupla, porque a gente atende tanto aos interesses da criança e do adolescente, efetivando o melhor interesse , colocando aquela criança que teve o poder familiar destituído, que foi abandonada por seus pais e encontra-se em uma unidade de acolhimento, dentro de uma família substituta, onde ela vai receber amor, carinho, atenção e todo o necessário. Ao mesmo tempo, a gente trabalha em prol do direito a paternidade e maternidade daquele adotante, que tanto sonha em ser pai ou em ser mãe, e tem a oportunidade pela adoção de atingir esse sonho”, conta o defensor público e supervisor do Nadij, Adriano Leitinho.

Para a estudante Tayssa Vitória Barbosa de Sousa Silva, o dia 29 de maio passa a ter um grande significado em sua vida, representa o dia em que vai poder ter o nome dos pais adotivos em sua certidão de nascimento. “A Tayssa Vitória era filha de uma irmã adotiva minha, quando ela chegou ao meu poder, tinha apenas 6 meses. Quando completou dois anos, eu pedi para a mãe biológica dela tirar a certidão de nascimento para que ela pudesse estudar. No começo, eu tinha receio de registraIMG_9994r e, mais na frente, ela não querer ser a minha filha, querer a mãe biológica e se revoltar contra mim”, conta a mãe adotiva Maria Salete Barbosa de Sousa. Mas as incertezas que a mãe carregava foram desfeitas. “Ela é a minha mãe, eu me incomodava quando tinha alguma atividade do colégio e vinha o nome da minha mãe biológica ou quando eu adoecia e ligavam para a minha casa procurando pela pessoa errada, pois em todos meus documentos constava o nome da minha mãe biológica”, relata a menina que acaba de completar 18 anos e recebeu de presente o nome dos pais adotivos em seus documentos.

“É gratificante acompanhar toda a trajetória dessas famílias, no processo de desenvolvimento da afetividade. A gente acompanha aquela criança, desde a unidade de acolhimento, acompanha a entrega para a família substituta e ao final, a consagração da sentença e a expedição da futura certidão de nascimento”, finaliza Adriano Leitinho.