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“O que não nos disseram” – exposição que retrata as muitas formas de violência doméstica em cartaz na Defensoria

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Arte como instrumento de transformação. É por meio de um manifesto de força, beleza e coragem, que a Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Ceará realiza a primeira edição da exposição “O Que Não Nos Disseram”, idealizada pela jornalista Andressa Meireles. A partir desta segunda-feira, 09, dez fotografias de mulheres que ressignificam a dor em luta estão instaladas na entrada da Defensoria Pública, localizada na avenida Pinto Bandeira, 1111, no bairro Luciano Cavalcante. A visitação é aberta ao público.

“O Que Não Nos Disseram” é uma exposição interativa sobre mulheres que têm muito a compartilhar. O projeto ressalta a grandeza delas, ressignificando símbolos de episódio da violência doméstica vivenciada por cada uma delas. “Destacar a exposição durante março, o mês das mulheres, é reivindicar um espaço que precisa ser visto e discutido ainda mais. A Escola Superior, no seu papel de educação em direitos, tem o orgulho de viabilizar essa oportunidade, principalmente, porque não irá alcançar somente as servidoras e colaboradoras, mas, também, as assistidas que buscam a Defensoria Pública do Estado do Ceará. Precisamos falar sobre a violência doméstica e as diversas formas que ela pode manifestar e trazer a superação desses traumas para mostrar que é possível romper o ciclo e se reerguer”, desta a supervisora da ESDP, Patrícia de Sá Leitão.

A experiência interativa destaca trabalhos feitos por dez fotógrafas que, além de abraçarem a ideia da exposição, acolheram e sensibilizaram-se pelas histórias trazidas. Lia de Paula, Delfina Rocha, Andréa Peixoto, Natalia Marxx, Tay Moreira, Natália Rocha, Camila Almeida, Roberta Martins, Marcella Elias e Caroline Sousa registraram com suas lentes, a transformação da dor em liberdade, justiça e informação.

“O Que Não Nos Disseram é um projeto também sobre o não é dito sobre violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha traz cinco tipos de violência e, normalmente, as pessoas entendem que o ápice a violência física. É o olho roxo, é o que faz sangrar e é, mas não é só isso. A exposição vem para dar voz à essa discussão e ampliá-la. Cada elemento trazido nas fotos foi ressignificado para que a gente aproxime as pessoas da história contada. As fotos são lindas, de como essas mulheres são hoje, para poder eternizar na memória das pessoas a beleza, a força e a liberdade. Revelar essas mulheres em um debate amplo para que todos nós venhamos dizer o que não nos disseram”, destaca a idealizadora do projeto, Andressa Meireles.

A exposição compõe uma série de programações realizadas pela Defensoria Pública do Estado em alusão ao Dia Internacional das Mulheres. Dia de todas, de relembrar que a Instituição também é feminista, composta por líderes mulheres e procurada por uma grande maioria mulher, que busca garantir o acesso à justiça e aos seus direitos.

Nudem – Para garantir a assistência às mulheres vítimas de violência, a Defensoria Pública do Estado do Ceará tem o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher da Defensoria que atende vítimas de violência psicológica, moral, física, patrimonial e sexual. Durante o primeiro ano de funcionamento do equipamento, o Nudem atendeu 8.636 mulheres em situação de violência doméstica no período de junho de 2018 a junho de 2019. Em todo o ano de 2018, o Núcleo em Fortaleza realizou 4.388 atuações, demonstrando um aumento de 9,5% em relação a 2017 e 56,8% em relação a 2016.

Serviço

Exposição “O Que Não Nos Disseram”

A partir do dia 9 de março na entrada da sede da Defensoria Pública (Avenida Pinto Bandeira, 1111 – bairro Luciano Cavalcante)

Horário: De 8h às 17 horas
Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher – Nudem Fortaleza
Rua Tabuleiro do Norte, S/N, Couto Fernandes (Casa da Mulher Brasileira).
(85) 3108-2986
Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher – Nudem Cariri
Travessa Iguatu, 304, CEP 63122045, Santa Luzia, Crato Ceará.