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Psicossocial registra 2.159 atendimentos em maio; Cariri concentra 35% da demanda

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O serviço psicossocial da Defensoria Pública do Estado (DPCE) registrou em maio 2.159 atendimentos. Trata-se do melhor desempenho para o mês desde a criação do setor, em 2016. A média foi de mais de 100 pessoas acolhidas por dia de funcionamento.

Em relação a maio do ano passado, quando as equipes registraram 1.790 atendimentos, o aumento foi de 20%. No comparativo com o mesmo mês do triênio anterior, o serviço aumentou 31% (2018), 19% (2017) e 175% (2016), respectivamente.

A diferença entre todos os anos é o modo como os atendimentos estão sendo feitos. Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o trabalho das equipes acontece somente por telefone. Escutas presenciais voltarão a ser realizadas somente após o fim do período de isolamento social e garantia de segurança sanitária aos profissionais e assistidos.

“A gente conseguiu se aproximar do assistido na pandemia. Eles sabem que não estão sozinhos. A Covid-19 está chegando em todos. E a gente não pode simplesmente não atender. Se a gente ficasse inacessível, a gente estaria sendo insensível. Na pandemia, o nosso assistido pode precisar da gente muito mais. Porque tem assistido envolvido em caso de violência doméstica, por exemplo. Há casos muito delicados. Isso exige da gente ainda mais cuidado com essas pessoas”, pontua a coordenadora do serviço, psicóloga Andreya Arruda.

Muitas vezes, as equipes precisam fazer encaminhamentos a órgãos mantidos pelas prefeituras ou pelo Estado para a demanda ser solucionada por completo. Por isso, o olhar dos especialistas no telefonema precisa ser abrangente, compreendendo de quais outras formas a DPCE pode contribuir para melhorar a qualidade de vida daquela pessoa.

Para a defensora geral Elizabeth Chagas, a disponibilidade do setor em meio a pandemia é essencial à população. “Nossos assistidos estão em uma situação de extrema vulnerabilidade e o apoio psicossocial é fundamental. Sabemos que, em meio à pandemia, os cuidados com a saúde mental precisam ser redobrados: ansiedade, conflitos, insegurança, tristeza, alcoolismo e outros problemas tendem a se agravar diante do isolamento social e as incertezas”, diz.

Conforme Andreya Arruda, boa parte das demandas trata de conflitos familiares (orientações sobre divórcio, pensão alimentícia e regulamentação de convivência, principalmente) e orientações sobre o auxílio emergencial do Governo Federal. O Psicossocial vem se solidificando a cada ano. São muitas cabeças e muitos corações envolvidos. E a pandemia tornou tudo muito intenso. As relações estão mais intensas porque a gente não tem mais papéis delimitados e, quando consegue sair de casa, não vê mais nem o sorriso das pessoas [devido ao uso obrigatório de máscaras]. A gente teve que aprender a sorrir com o olhar”, pondera a psicóloga.

CARIRI
Trinta e cinco por cento da demanda total de maio do Psicossocial da DPGE concentrou-se nos núcleos de Juazeiro do Norte e Crato, no Cariri. Foram 764 atendimentos. “Este é, sem dúvida, um dos momentos mais desafiadores, pois a adaptação ao atendimento remoto teve que ser abrupta e imediata [por causa da pandemia]. Há prós e contras, mas com esse sistema temos conseguido realizar atendimentos das mais variadas demandas e, felizmente, atingindo excelentes resultados”, avalia a psicóloga do serviço caririense, Aparecida Gonçalves.

Já a assistente social Fabiane Matos classifica a atuação do serviço psicossocial como “um suporte para os defensores públicos”; algo capaz de, juntamente com o saber jurídico, evitar a judicialização das demandas através de intervenções necessárias e considerando competências técnicas e específicas.”

ATENDIMENTOS PSICOSSOCIAIS EM MAIO
2016 – 785 (presenciais e telefônicos)
2017 – 1800 (presenciais e telefônicos)
2018 – 1648 (presenciais e telefônicos)
2019 – 1.790 (presenciais e telefônicos)
2020 – 2.159 (apenas telefônicos)

SERVIÇO
ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL

EM FORTALEZA
(85) 9.8560.2709 (8h às 14h) ou (85) 9.9294.2844 (11h às 17h) – Direitos da Mulher
(85) 9.9171.7476 (8h às 14h) ou (85) 9.8163.3839 (11h às 17h) – Direitos da Pessoa Presa
(85) 9.9220.4953 (8h às 14h) ou (85) 9.8717.3004 (11h às 17h) – Direitos da Infância e da Juventude
(85) 9.9731.0293 (8h às 14h) ou (85) 9.8866.4520 (11h às 17h) – Atendimento Inicial da Defensoria (Família e Cível)
(85) 9.8162.0641 (8h às 14h) ou 9.8683.0897 (11h às 17h) – Adolescente em Conflito com a Lei

NO CARIRI
(88) 9.8842.0757
(88) 9.9934.8564
(88) 9.9680.8667