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Rede Acolhe é apresentado durante evento na Rede Cuca

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acolheA convite do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), a Rede Acolhe foi apresentada durante a manhã da última quarta-feira, 8, no Cuca do Jangurussu, para representantes de diversos Estados, sendo destacada como uma experiência exitosa na proteção às vítimas de violência. A coordenadora da Rede Acolhe e defensora pública, Gina Moura juntamente com o sociólogo Thiago de Holanda, fez um diagnóstico e relatório dos dados e parâmetros do programa. O Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência na Assembleia Legisltiva do Ceará tem sugerido aos estados a adoção de medidas semelhantes no combate à violência.

O programa da Defensoria Pública do Estado está integrado ao Núcleo de Assistência ao Preso Provisório e às Vítimas de Violência (Nuapp) e trabalha o outro lado da rede de assistência, incluindo a assistência integral da instituição aos familiares de vítimas de homicídio doloso, latrocínio e lesão corporal seguida de morte e as vítimas de tentativa de homicídio. As famílias que são acompanhadas pelo programa contam com o suporte multidisciplinar que inclui áreas do conhecimento que possam auxiliá-las nas demandas mais diversas. “A gente faz questão de propagar a Rede Acolhe, a fim de que reverbere sua atuação como uma estratégia de trabalho que valoriza o aspecto humano nesse contexto social, que vai além  do fato criminoso. Nossa proposta é jogar o holofotes o aspecto humano, nas necessidades das vítimas e nas sua situação de vulnerabilidade”, pontua.

A Rede Acolhe realiza o acompanhamento de 174 famílias de vítimas de homicídios em Fortaleza, das quais as mulheres representam maior parte dessas vítimas. Segundo os dados de monitoramento da Rede Acolhe, se destacam a grande vulnerabilidade em que estão submetidos às vítimas da violência: 40% dos assistidos estão impedidos de circularem nos territórios que habitam e 34% se dizem ameaçados de morte. O programa ainda salienta as consequências nos membros daquela famílias como 21% tiveram que tirar os filhos da escola por conta dos riscos, 28% passaram a fazer uso de medicação psiquiátrica por conta do trauma vivido e 31% tiveram diminuição da renda familiar.