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Situação de moradores da Gereberaba segue em impasse. Nova audiência foi marcada

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A Defensoria Pública do Estado do Ceará participou, nesta segunda-feira, 08, da audiência que tinha por objetivo discutir a situação de mais de mil famílias que ocupam a comunidade de Gereberaba, localizada na região da Sabiaguaba, em Fortaleza. Participaram do momento os defensores públicos Luciana Cordeiro e Lino Fonteles, representantes da Comunidade, assim como a requerente do processo que tramita na 32a Vara Cível e seu advogado. Entretanto, devido a ausência de representantes do Ministério Público, da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA) e da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), uma nova audiência foi determinada pelo magistrado e será realizada no dia 12 de setembro.

Além de ter sido determinada a nova data da audiência, no momento foi estabelecida a interrupção de quaisquer construções a mais. A decisão foi acordada pelas duas partes visando não haver mais desavenças até o dia da audiência. “Só concordamos com a decisão porque acreditamos que a Defensoria Pública está nos representando. Eu tenho acreditado nisso desde o início. Nós não temos como custear um advogado particular, então, só conseguimos ser devidamente escutados com a atuação da Defensoria. Nós estamos apostando tudo, tudo o que temos e que somos, para que tudo dê certo. São cerca de 840 famílias que acreditam na força e autonomia da Defensoria para nos defender e mostrar que o pobre também merece viver bem. A palavra ‘defensor’ não é por acaso”, expõe a presidente da Associação de Moradores e Amigos da Gereberaba, Simone da Silva.

Entenda mais – A região da Gereberaba ocupa os dois lados da Rua Três Marias, entre os números 290 e 450, no Bairro da Lagoa Redonda. Os primeiros ocupantes da comunidade lá se instalaram na década de 30 e foram passando a posse para os filhos, netos e bisnetos. Os ocupantes mais recentes passaram a viver no terreno a partir de maio de 2015, sem que nenhuma resistência lhes fosse apresentada até o momento.

Ao longo do tempo, a comunidade de moradores foi se organizando e se estruturando. Em 2004, as famílias fundaram a referida Associação dos Moradores e Amigos da Comunidade do Gereberaba – AMAG, com o escopo de buscarem junto às autoridades competentes condições de moradia digna, bem como regularizar a ocupação.

Os avanços para comunidade foram sensíveis na melhoria da qualidade de vida de todos que lá residem. O local possui água tratada, energia elétrica e acesso fácil para escola, posto de saúde, coleta de lixo e linha de ônibus. O Núcleo de Habitação e Moradia da Defensoria acompanha a regularização das moradias destas comunidades, bem como os defensores das Varas Cíveis onde tramitam dois processos de desocupação movidos pela iniciativa privada