Defensora autora: Obra nacional sobre Protagonismo Feminino tem a visão da Defensoria

Defensora autora: Obra nacional sobre Protagonismo Feminino tem a visão da Defensoria

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A defensora pública Lara Teles foi uma das autoras do livro “Os Fatos no Processo Penal”, uma obra coletiva sobre os principais desafios da prova penal. O prefácio foi da presidente do Superior Tribunal de Justiça ( STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura. Trata-se de uma obra coletiva sobre os principais desafios da prova penal. O lançamento aconteceu nesta quarta-feira, dia 4 de outubro, no STJ.
O livro foi escrito apenas por autoras mulheres, incluindo tanto contribuições inéditas quanto traduções fundamentais ao fortalecimento de uma cultura jurídica capaz de oferecer adequado tratamento aos fatos. A defensora pública cearense foi a única representante da Defensoria a participar da produção científica. Ela escreveu sobre o “Ensino jurídico e populismo criminológico: reflexos na valoração probatória”.


“É uma grande honra participar dessa publicação representando a Defensoria, levando o ponto de vista defensorial para uma obra dessa magnitude, fincando esse espaço na Academia que é tão importante, principalmente porque é um espaço de alta qualidade, com autoras internacionais e que tem a capacidade, inclusive, de influenciar a formação de precedentes que vão ser decisivos na vida dos nossos assistidos. E é uma honra estar ao lado da professora Janaína Matilda, que teve a ideia dessa obra após o período na pandemia, em que as mulheres foram preteridas em diversos eventos e, muitas vezes, a desculpa era de que não tinha mulher falando sobre o tema. A obra é uma reação ao machismo estrutural mostrando que as mulheres têm voz, têm espaço e podem pesquisar temas diversos”, destacou Lara Teles.A ministra Maria Thereza apontou a importância da presença feminina no cenário jurídico e disse que o livro é um exemplo disso, pois possui somente autoras mulheres. “Pode parecer trivial, mas não é. A produção científica do Direito ainda padece de desigual representatividade, com mais espaço para os mesmos autores homens de sempre”, declarou.
A advogada criminalista Lívia Moscatelli, uma das coordenadoras da coletânea, lembrou que a obra tem o propósito de apresentar o que as mulheres pensam sobre alguns dos principais desafios que a determinação dos fatos no processo penal precisa enfrentar. “Fico feliz por este protagonismo feminino no estudo probatório. Espero que este livro seja um marco”, comemorou.
Com informações do Superior Tribunal de Justiça