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Equipes de mediação de conflito participam de capacitação

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A Defensoria recebeu nesta segunda-feira (03) o primeiro dia da formação que vai aprofundar os conhecimentos na área de mediação de conflitos. Voltada para defensores públicos e mediadores comunitários, o objetivo é discutir as técnicas envolvidas no processo de mediação e conciliação, como também compartilhar experiências das equipes que lidam com essa prática diariamente na Defensoria Pública do Estado do Ceará.

A capacitação foi solicitada pela Assessoria de Relacionamento Institucional (Aris), sendo promovida pela Escola Superior da Defensoria Pública (Esdp). Além dos participantes de Fortaleza, também houve interação com equipes no núcleo do município do Crato, na região do Cariri, através de transmissão em tempo real via internet.

IMG_3905A aula aconteceu no auditório Jesus Xavier de Brito, na sede da Defensoria, e foi ministrada pela professora de Direito e mediadora de conflitos, Emmanuela Cipriano. Segundo a professora, existe uma diferença entre mediação e conciliação: na primeira, há conflitos de relação continuada, enquanto na segunda existem conflitos eventuais. Para ambos, é preciso chegar a um acordo sustentável. “Mediadores e conciliadores dispõem de técnicas que são aplicáveis dependendo da realidade de cada espaço. Não é simples, visto que vivemos numa sociedade que confia pouco nas pessoas, e o mediador precisa da confiança de quem está ali buscando restabelecer um vínculo. As partes também precisam estar abertas ao diálogo” e destacou também que a mediação de conflitos precisa ser mais conhecida pela população.

A defensora pública Michele Alencar, do Núcleo Descentralizado do Mucuripe, lembrou que no próximo dia 13 é comemorado o Dia do Mediador Comunitário. Diante da data, a capacitação é um reconhecimento ao trabalho da equipe, que precisa de aprimoramento constante. “É preciso ter essa visão conjunta, pois juntos buscamos soluções. No Mucuripe, são oito mediadores tratando de direito de família, direito de vizinhança, posse e verificação de paternidade. Lá, fazemos o que chamamos de ‘pacto de boa convivência’ para que conflito não se agrave ao ponto de vitimar pessoas”, disse.

Mediador comunitário há oito anos, José de Queiroz atua no Núcleo Descentralizado do bairro João XXIII, em Fortaleza. Por lá, questões de direito de família estão entre as principais demandas. Estar na capacitação é, para ele, um momento de atualização. “É de extrema importância o compartilhamento não só das práticas, mas também de teorias, técnicas e metodologias. São experiências que só acrescentam, aprimorando nosso modo de atuar nas situações de conflito que chegam até nós”.

A formação iniciada acontece semanalmente no mês de setembro, sempre às segundas-feiras, até o dia 24 de setembro.