Reunião discute políticas públicas sobre crianças e adolescentes órfãos da Covid-19
A defensora pública geral do Ceará, Elizabeth Chagas, recebeu nessa segunda-feira (30/5) o deputado estadual Renato Roseno e as professoras Inês Mamede e Ângela Pinheiro, do Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisa sobre a Criança (Nucepec), da Universidade Federal do Ceará (UFC), em reunião que discutiu a implementação de políticas de assistência a crianças e adolescentes que perderam os pais ou responsáveis vítimas da Covid-19. Também participaram do encontro as defensoras públicas Sâmia Farias, Flávia Maria de Andrade e Lia Felismino.
A agenda marcou o início do diálogo entre a Defensoria Pública e a sociedade civil para identificar crianças e adolescentes que a pandemia deixou órfãos e formar uma rede protetiva dos direitos da infância e juventude. De acordo com as professoras, o número de crianças e adolescentes em unidades de acolhimento aumentou cinco vezes e elas acreditam que isso se deve a tais perdas familiares.
A articulação para defesa dos direitos de crianças e adolescentes em orfandade devido aos efeitos da pandemia está sendo encabeçada por ngela Pinheiro. “Identificou-se a necessidade de empregar esforços para mapear o cenário e levantar dados dessa população, além de firmar compromisso de reunião com o Governo do Estado para proposição de agenda de cuidados educativos, sociais e de saúde com as crianças que perderam pais e responsáveis durante a crise sanitária global”, destacou a professora.
“É preciso levantar estatísticas mais precisas sobre esse público, além de sensibilizar o Governo do Estado em torno de uma agenda de cuidados socioeducativos e sanitários voltados para essas pessoas”, complementou o deputado estadual Renato Roseno.
“Os desdobramentos da pandemia mostram que crianças e adolescentes têm sido abalados com esta situação. Além da questão da orfandade, temos o aumento da violência doméstica e de outras violações de direitos, além da limitação da socialização e da educação. A Defensoria Pública se dispõe a caminhar junto, pensar nessa política, para que a gente possa dar alternativas a estas crianças e adolescentes. Estamos aqui para construir, trabalhar, aprender e avançar cada vez mais nestas questões e em outras, sempre acreditando que o trabalho integrado e articulado é importante para todos”, destacou a defensora geral Elizabeth Chagas.

