Defensoria acompanha manifestação popular contra o fechamento do Hospital Gonzaguinha
“Todos contra o fechamento do Gonzaguinha de Messejana”. A frase de luta e resistência sinalizava as camisas dos participantes da mobilização contra o fechamento e demolição do Hospital Distrital Gonzaga Mota de Messejana. A mobilização aconteceu nesta terça-feira (21/6), em frente à unidade de saúde e Defensoria Pública do Estado acompanhou o momento, pelo Grupo de Ações Integradas de Apoio aos Eventos Promovidos por Movimentos Sociais
A defensora pública Michele Camelo, integrante do GAI, falou aos presentes sobre a importância da proximidade da instituição com as lutas sociais. “A instituição foi provocada pela comunidade, pelo corpo médico, e está se fazendo presente nesse movimento, acompanhando todos os desdobramentos, com apoio também do Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa) que passará a tratar de forma ainda mais forte, pois sabemos que precisamos agir para que não haja retrocesso no direito à saúde da população de Fortaleza”, destacou.
Os manifestantes defendem que o Hospital é um equipamento estratégico e essencial à estrutura da rede de saúde pública, como explica uma servidora municipal, que não quis se identificar. “Reforma, SIM. Fechar, NÃO!”. Desde o comunicado de que o equipamento será demolido no próximo dia 01 de julho, a gente tem se mobilizado e formamos uma comissão para lutar contra essa decisão intempestiva. Temos uma média de 300 partos por mês, ou seja, o fechamento representará um prejuízo enorme para esta comunidade, gerando aumento do risco da mortalidade fetal, materna e neonatal. Teremos gestantes peregrinando em busca de atendimento, para ter acesso ao momento singular de sua vida, que é o momento do parto. Contamos com o apoio da Defensoria Pública e demais órgãos presentes, juntamente com a comunidade, com os sindicatos e os servidores municipais, para conclamar à sensibilidade dos gestores municipais de modo que esta decisão seja repensada, evitando prejuízos à saúde do Estado do Ceará”, pontuou.
Moradora da comunidade da Pampulha, representante da área Pastoral Nossa Senhora do Brasil de Messejana e ex-funcionária da unidade, Virgínia Parente Braga, conhece a importância dos serviços prestados ali para a população da região. “Apoio essa luta em nome da comunidade e de todos os usuários que precisam do atendimento. Não podemos admitir o fechamento desse equipamento que é tão importante. As gestantes serão obrigadas a se deslocarem por quilômetros, quando muitas não têm nem o valor da passagem, do alimento. Por que não reformar, sem gerar tribulações aos usuários? Onde está a sensibilidade dos governantes?, perguntou Virgínia.
Além da Defensoria Pública, estiveram presentes representantes do Ministério Público, Assembleia Legislativa, Câmara de Vereadores, além da comunidade, profissionais de saúde e sindicatos.
Sobre o GT – Trata-se de um grupo de defensores públicos, em atuação como força tarefa, que acompanham manifestações populares e orientam à população. No momento do ato público, o defensor público vai até o local, se identifica como instituição aos organizadores, realiza os devidos encaminhamentos no momento, e, em determinadas situações, deixa seu contato ficando à disposição daquela ação e realizando o acompanhamento.
Informações:
Assessoria de Relacionamento Institucional – (85) 3194-5015/5016
