Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Defensoria participa de Inauguração de Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual

Defensoria participa de Inauguração de Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual

Publicado em

A defensora pública geral do Ceará, Elizabeth Chagas, participou nesta quarta-feira (15) da solenidade de inauguração da Delegacia de Repressão aos Crimes por Descriminação Racial, Religiosa ou Orientação Sexual (Decrim) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). A entrega da nova especializada ocorreu na data alusiva ao Dia Estadual de Combate à Transfobia e ao aniversário de morte de Dandara. O evento contou com a presença do governador, Elmano de Freitas, da vice-governadora, Jade Romero, de diversos secretários de Estado, deputados estaduais, além de representantes de movimentos sociais.

O projeto de lei que criou a Decrim foi  elaborado no âmbito da Polícia Civil do Estado do Ceará  e aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará no dia   1º de dezembro após duas emendas da deputada Augusta Brito (PT). A delegacia é vinculada ao Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) da PC-CE.

“A causa maior é a causa da justiça e esse país não será justo quando não reconhecer que tem uma dívida histórica com as negras e os negros. E essa dívida se manifesta de muitas maneiras, quando alguém chega numa repartição e é tratado de maneira diferente, quando alguém utiliza palavras para agredir de maneira muito dolorida, no mercado de trabalho, no acesso à educação. No Ceará não. Esse é o passo a frente que nós temos que dar. Precisamos ter a repressão e a investigação para demonstrar o caminho que a sociedade brasileira escolheu no último período é o da mudança”, disse Elmano de Freitas.

A necessidade de uma delegacia especializada já era uma demanda apresentada pelo movimento há bastante tempo. No final do ano passado, por exemplo, a Associação de Travestis e Mulheres Transexuais do Ceará (Atrac) entregou à defensora geral o dossiê dos assassinatos e violência contra travestis e transexuais brasileiras, produzido pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) e explicou explicitou as violências sofridas pela comunidade LGBTQIA +. Além desta pauta, os crimes contra negros, às religiões e às comundiades indígenas estarão abrigadas na especializada.

“Essa pauta é de extrema importância para a Defensoria Pública, porque sabemos das  vulnerabilidades desses públicos e as dificuldades enfrentadas no acesso à garantia de direitos, sobretudo na seara criminal. É importante saber que agora há um espaço específico para escuta, denúncia e acolhimento às vítimas. A Defensoria Pública continuará de portas abertas para trabalhar conjuntamente para que essas condutas sejam apuradas, processadas e responsabilizadas”, pontuou a defensora geral.