Defensoria acompanha ato popular em defesa das mulheres
A defensora geral do Estado do Ceará, Elisabeth Chagas e a representante do Grupo de Ações Integradas de Apoio aos Eventos Promovidos por Movimentos Sociais – GT, a defensora pública, Flávia Andrade, acompanharam na última quarta-feira, 8/3, o “Ato Unificado: 8 de março de luta!”. Em Fortaleza, o ato público aconteceu na Praça do Ferreira.
Durante a manifestação, a Defensoria prestou esclarecimentos à população e acompanhou a caminhada anual que acontece em alusão ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março. Nesta edição, o ato teve como tema: “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos”.
A luta pelo livre direito à manifestação é um dos objetivos do GT, que tem como intuito acompanhar atos populares a fim de resguardar a liberdade de expressão dos movimentos sociais e orientar a população sobre a atuação da Defensoria na sociedade civil.
“A Defensoria Pública está junta dos movimentos sociais e da população que mais precisa para auxiliar em todas as suas necessidades e lutar junto. Nesse 8 de março não poderia ser diferente, tínhamos que estar aqui na praça lutando junto em nome do empoderamento das mulheres, em combate ao feminicídio, assim como qualquer tipo de violência contra nós, mulheres”, ressaltou Elizabeth Chagas.

A defensora geral do Estado evidenciou o papel da Defensoria no atendimento especializado às mulheres vítimas da violência. Uma iniciativa que reforça a proteção a essas vítimas, é o Núcleo de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (Nudem). Localizado em sete cidades diferentes do Ceará, o Núcleo oferece atendimento jurídico gratuito e psicossocial às mulheres vítimas de violência.
“No Nudem nós fazemos levantamentos de pesquisas e nas pesquisas, vimos que a maioria são mulheres pretas, de 26 a 35 anos, mulheres que há seis anos sofrem com agressões”, disse Elizabeth sobre a pesquisa realizada em 2022 pelo Nudem à 518 mulheres. O levantamento revelou que 20% das mulheres já presenciaram violência na casa dos pais e 61% têm filhos que presenciam essas cenas, o que diz sobre a cultura machista que coloca a mulher em situação de inferioridade. Durante sua fala, ela reforçou que é fundamental combater o machismo estrutural que cerca a sociedade e reproduz as várias formas de violência contra as mulheres.
O ato “8 de março de luta!” é uma realização de movimentos organizados de mulheres do campo e da cidade, sindicatos, centrais sindicais e partidos políticos e frentes de esquerda.


