
Defensoria realiza reunião para discutir o acesso ao Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca
A Defensoria Pública do Estado do Ceará, por meio do Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa), dá assistência às famílias que precisam acessar seu direito à saúde. Tendo em vista a fila de atendimentos represados, a defensora geral do Ceará, Elizabeth Chagas, a subdefensora geral, Sâmia Farias, a supervisora do Nudesa, Yamara Lavôr, reuniram-se na manhã desta terça-feira (13), na sede da instituição, com a coordenadora do Programa de Alergia à Proteína do Leite de Vaca, da Secretaria da Saúde do Estado, a nutricionista Aline Lacerda, e com diretora geral do Centro de Saúde Meireles, Helena Márcia.
Na oportunidade, discutiram as dificuldades relatadas por familiares de acessar o programa, que visa atender pais, mães e responsáveis de bebês de 0 a 3 anos com suspeita ou diagnóstico de alergia alimentar à proteína do leite de vaca. Criado após amplo diálogo de uma Câmara Setorial, promovida pela Defensoria e Sesa, buscando uma melhor resposta para evitar o excesso de judicialização da questão, que acontecia de forma frequente há pouco mais de 6 anos.
Hoje, os familiares residentes em Fortaleza devem procurar a marcação da primeira consulta no Centro de Saúde Meireles, que atende com uma equipe multidisciplinar de gastropediatras, alergologistas e nutricionistas, para realizar o primeiro diagnóstico. “O programa tem um fluxo administrativo que funciona muito bem para quem já está inserido e para famílias do interior do Estado, mas, infelizmente, há essa dificuldade de famílias de acessar essa porta de entrada. Por isso resolvemos nos reunir e pensar possibilidades de encaminhamentos, chamando Estado e município de Fortaleza, para garantir o melhor atendimento”, pontuou Yamara.
No encontro, a coordenadora do Programa, Aline Lacerda, destacou que há a necessidade de um acompanhamento constante dessas crianças. “A nossa dificuldade está no primeiro atendimento, a entrada da criança para o programa. O seguimento dela, o recebimento da fórmula, a continuidade ao atendimento clínico estão com um bom fluxo. A gente vê o quanto a Defensoria tem essa intenção de somar forças para solucionar o problema e garantir o principal: o atendimento dessas crianças para o crescimento e desenvolvimento delas”, pontuou Aline.
O Centro de Saúde Meireles é a unidade que acolhe o programa e a diretora falou da demanda. “Temos hoje 3.584 crianças de todo o Estado do Ceará. Todo atendimento do programa do APLV é feito lá e hoje trabalhamos com oito nutricionistas, quatro médicos e quatro enfermeiros. O que estamos pleiteando é ampliar esse primeiro atendimento, suprindo quem está na espera”, pontuou Helena Márcia.
Dentre os encaminhamentos, a defensora pública geral, Elizabeth Chagas, vai ampliar a discussão para solucionar o entrave. “Pensamos que podemos realizar um mutirão de atendimento para dar uma resposta mais célere a essas pessoas que já estão na fila aguardando, mas vamos construir soluções em conjunto, Defensoria e Sesa, que atendam ao melhor interesse dessas crianças e seus familiares”, destacou Elizabeth.