Nusol realiza mais uma oficina Pais e Filhos
O Núcleo de Solução Extrajudicial de Conflitos (Nusol) da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) realizou, na última sexta-feira (23), a 9º edição da “Oficina Pais e Filhos”. O momento contempla apoio interdisciplinar para as pessoas que estão sendo assistidas pela instituição e enfrentam o processo de reestruturação familiar após o rompimento dos laços conjugais. A programação da tarde contou com uma acolhida, reunindo todos os participantes para a apresentação das ações, seguindo com os encaminhamentos dos grupos para as oficinas específicas.
A defensora pública e supervisora do Nusol, Rozane Magalhães, destaca como o trabalho de apoio é importante para que, após a decisão consensual e consciente, cada um respeite a história de cada um e sem gerar traumas e conflitos. “A cada oficina que realizamos temos a certeza o quanto ofertar aos nossos assistidos o suporte interdisciplinar nesse processo é valioso, pois mesmo que a separação aconteça amigavelmente, encerrar um ciclo de vida não é tão simples assim, ainda mais quando existem filhos. O incentivo da fala e da escuta se torna um impulsionador para as partes que experimentam o divórcio”, pondera.
Aline Torres, 36 anos, esteve com a filha de 8 anos, entre os participantes desta edição. Ela está vivenciando o fim do relacionamento de 13 anos e considera que a iniciativa facilita quem precisa recomeçar. “Gostei muito de ter participado, foi maravilhoso. Desde a acolhida até as oficinas com os profissionais somos estimulados a refletir sobre nosso papel diante de todos os acontecimentos e incentivados a priorizar o diálogo em tudo isso. Nessa fase temos que analisar os sentimentos, necessidades, interesses envolvidos, visando sempre a cooperação mútua. É isso que pretendo e este apoio é essencial!”, compartilhou.
A psicóloga Andreya Arruda, coordenadora do setor psicossocial da Defensoria, explica que a abordagem da nova configuração familiar é vivenciada de forma lúdica, por meio da contação de histórias, desenhos e da arte. “Essa experiência tem o intuito de cativar nas partes um sentimento de pacificidade durante a mudança das relações familiares. Nesse fluxo, as crianças e jovens precisam ser preservados e amparados para que compreendam melhor a ruptura da relação dos pais. Nas Oficinas proporcionamos esse estímulo de uma forma descontraída, estimulando a partilha e orientando sobre como agir diante desta situação, reforçando o vínculo familiar existente entre os indivíduos independente da circunstância”, contextualizou.
Participaram das Oficinas as colaboradoras do Nusol, Soraia Candea Portela e Vanessa Medeiros Lima, a estagiária, Rachel Albuquerque, a equipe do Psicossocial da Defensoria Pública, Andreya Arruda, Maria Mediatriz Parente Camelo, Anderson Marcelo Fernandes Dos Santos, Annielly Maria Aquino Bezerra, karol nantua e ainda representantes do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Fortaleza (CEJUSC) e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Nupemec), Mônica Sant’ana Mantini e Mariana Viana Mont’alverne, respectivamente.
