
Defensoria e STF promovem manhã de educação em direitos em escolas de Fortaleza
TEXTO: JULIANA BOMFIM
FOTOS: GUSTAVO MORENO
Na manhã desta quinta-feira (24), a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE), em parceria inédita com o Supremo Tribunal Federal (STF), promoveu manhã de diálogo enriquecedor sobre direitos e cidadania e temas relevantes para a juventude. A edição especial do projeto “Minha Escola Ensina Direitos” se uniu ao projeto “STF na Escola” e foi realizada na Escola Municipal de Tempo Integral Laís Rodrigues de Almeida, localizada no bairro Curió, e na Escola Municipal Professora Fernanda Maria de Alencar Colares, na Lagoa Redonda.
A defensora Noêmia Landim, supervisora do Núcleo de Atendimento à Infância e Juventude da Defensoria (Nadij), destacou a importância de conscientizar os jovens sobre os riscos do bullying e cyberbullying, que representam uma ameaça à saúde emocional e ao desenvolvimento dos adolescentes. “Nosso objetivo é ajudar a combater essas práticas e criar um ambiente escolar mais seguro e acolhedor para todos”, explicou a defensora pública.
A juíza-ouvidora do STF, Flavia Martins de Carvalho, conduziu uma conversa acessível e didática sobre o papel da Suprema Corte, a importância da Constituição Federal e os princípios democráticos, promovendo uma compreensão mais ampla do funcionamento do sistema de justiça e do Estado de Direito. “Foi uma experiência muito enriquecedora. Nas duas escolas, vimos estudantes muito atentos, engajados e interessados em aprender”, afirmou.
“Minha Escola Ensina Direitos” faz parte da agenda de educação e promoção de direitos da Defensoria Pública em formato de rodas de conversa, dinâmicas e atividades participativas em escolas públicas. Os encontros são conduzidos por defensores e defensoras, com o apoio da equipe psicossocial da Defensoria.
Joel Sousa, de 13 anos, estudante do 8º ano na EMTI Laís Rodrigues de Almeida, compartilhou como o projeto tem impactado sua vida: “Esses debates são muito importantes porque nos ajudam a entender melhor nossos direitos e aprender como devemos resolver as coisas. Outro dia, por exemplo, houve uma briga na escola, e eu consegui evitar a confusão ao explicar aos meus amigos que eles precisavam conversar com calma e se respeitar”.
A diretora da mesma unidade, Irlanda Siqueira, reforçou a relevância dessas ações para o engajamento dos jovens. “Assim, os estudantes se tornam multiplicadores de informações, ajudando a criar um ambiente escolar mais seguro e consciente. A educação é a melhor ferramenta para combater esses problemas e promover uma cultura de respeito e solidariedade entre os alunos”.
Jamile Moura, diretora da EM Professora Fernanda Maria de Alencar Colares, também ressaltou a iniciativa da Defensoria. “Essas atividades têm sido fundamentais para fortalecer nossa comunidade, incentivar o posicionamento das crianças e contribuir para uma cultura de respeito e solidariedade”.