Conheça as candidatas que disputam o cargo de ouvidora geral externa da Defensoria
Texto: Amanda Sobreira
Arte: Valdir Marte com fotos de arquivo pessoal
A Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) realiza na próxima quarta-feira (2.07), a eleição que irá decidir quem ocupará o cargo de ouvidora geral externa da instituição, pelos próximos dois anos. O processo de votação acontecerá das 8h às 17h nas sedes da Defensoria nas cidades de Fortaleza, Sobral (Região Norte) e Crato (Região do Cariri).
Somente a sociedade civil organizada tem direito a voto e este ano, 48 entidades estão habilitadas para participar do pleito. Três candidaturas foram registradas, mas uma delas foi indeferida pelo colegiado. Seguem na disputa a atual ouvidora externa, Joyce Ramos e a candidata Jeane Freitas.
Nascida em Baturité, Joyce Ramos é a atual ouvidora externa da instituição e tenta reeleição. Quilombola da Serra do Evaristo, Joyce tem 43 anos e é graduada em História pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Indicada pela Associação de Cooperação Agrícola do Estado (Acace), atua há mais de 25 anos em defesa de jovens, mulheres e trabalhadores(as) do campo e da cidade.
Como candidata a reeleição, Joyce ressalta o compromisso de ampliar o alcance da Ouvidoria, principalmente no interior do estado.“Queremos ampliar o papel estratégico de escuta da Ouvidoria a partir da interiorização de suas atividades, como forma de representar as vozes dos movimentos populares e das entidades da sociedade civil organizada que atuam no interior do Estado e nos territórios da capital. Que venha mais uma vitória para consolidar o que já foi alcançado e fazer a Ouvidoria chegar aonde não foi possível”, afirma a candidata.
Já Jeane Freitas, é nascida em Fortaleza. Mãe, jornalista, educadora social e facilitadora de círculos de diálogo, Jeane foi indicada pelo Movimento dos Conselhos Populares- MCPE. Ela atua há mais de 30 anos na luta por direitos humanos e moradia digna.
Jeane afirma que sua candidatura “é uma força articuladora de pessoas e coletivos que lutam por direito à cidade, justiça socioambiental, proteção dos territórios camponeses, indígenas e tradicionais, dignidade e direitos para nossa gente em toda sua diversidade”. Para ela, a principal motivação da sua candidatura “é por uma Ouvidoria Externa mais presente e acolhedora”, fortalecendo o acesso à justiça e sendo ponte entre pessoas, organizações e a Defensoria Pública.
Após a votação, os nomes e a quantidade de votos de cada candidata será encaminhada ao Conselho Superior da Defensoria Pública (Consup). O órgão é responsável por sabatinar as candidatas e depois definir quem assumirá a função pelos próximos dois anos.
