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Defensoria do Ceará ganha Prêmio Vladimir Herzog com artes da Série sobre Racismo Ambiental

Defensoria do Ceará ganha Prêmio Vladimir Herzog com artes da Série sobre Racismo Ambiental

Publicado em
TexTo: Bianca Felippsen
Arte: diogo Braga

Pela primeira vez, uma Defensoria Pública é ganhadora do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Essa é a apenas a terceira vez que uma instituição do sistema de justiça brasileiro encabeça o principal prêmio de direitos humanos do jornalismo brasileiro (as outras duas menções foram da TV Justiça em 2006 e 2007). O reconhecimento ocorre com pela artes da série “Racismo Ambiental – a outra emergência” assinadas pelo designer e ilustrador Diogo Braga da Secretaria de Comunicação.

Durante a avaliação, o projeto recebeu 11 votos das entidades que compõe a comissão julgadora. O Prêmio Vladimir Herzog homenageia jornalistas, repórteres fotográficos e artistas do traço que, por meio de seus trabalhos cotidianos, defendem a democracia, a paz, a justiça e os direitos humanos.

As obras acompanham o especial que foi ao ar entre os dias 19 e 26 de maio de 2025, em alusão à campanha nacional “Justiça Ambiental é Justiça Social”, promovida pela Anadep e pelo Condege. No Ceará, a iniciativa integra o projeto Defensoria Verde: presente, sustentável e universal, que mobiliza ações ao longo de todo o ano de 2025 e reafirma o compromisso institucional com a proteção do meio ambiente, dos territórios tradicionais e das populações historicamente marginalizadas.

Uma das ilustrações criadas especialmente para o material, retrata o mapa do Ceará no viés do racismo ambiental

Para o projeto, o designer e ilustrador Diogo Braga pensou na aquarela e nas pessoas para dar rosto ao projeto. “A ideia foi trazer para a frente do projeto os territórios e as pessoas que costumam ser invisibilizadas, dando rosto, cor e textura a uma pauta que muitas vezes fica restrita a números e relatórios. Foi um exercício de traduzir em arte o que já grita nos corpos e nas margens. Um trabalho que dialoga com minha luta pessoal de sustentabilidade e de respeito ao meio ambiente”, disse o finalista Diogo Braga.

 

 

A série reúne sete reportagens e entrevistas especiais que abordam (as) vulnerabilidades dos corpos, territórios e da vida de quem está à margem, refletindo sobre desigualdades e apontando caminhos de justiça e direitos. O racismo ambiental é uma emergência cotidiana e estrutural, dar luz ao tema é também falar sobre o trabalho da Defensoria Pública. O especial é assinado por Amanda Sobreira, Bianca Felippsen, Bruno de Castro, Juliana Bomfim, tem ilustrações de Diogo Braga, fotos de ZeRosa Filho e vídeos de Tarsila Saunders e Giúllian Rodrigues.

“O racismo ambiental não é sobre desigualdade e pobreza, mas sobre uma decisão histórica que nega dignidade e direitos onde há cor, etnia e gênero. A Secretaria de Comunicação da Defensoria reuniu uma série de especialistas, defensores, pesquisadores e gestores em um esforço para que cada matéria lançasse luz a um aspecto dessa realidade silenciada, revelando suas raízes, rostos e territórios. O esforço da arte é traduzir esta multiplicidade de temas e pessoas em um trabalho artístico que desse forma a este conteúdo ”, explica a secretária de Comunicação da Defensoria do Ceará, Bianca Felippsen.

Parte da equipe da Secom da Defensoria do Ceará. Da direita para esquerda: Kamilla Vasconcelos, Giullian Rodrigues, Amanda Sobreira, Deborah Duarte, Diogo Braga, Bianca Felippsen, Juliana Bomfim, Tarsila Saunders, Ana Paula Gomes e Camylla Evellyn