Curso de formação leva dez novos defensores à unidade prisional de Aquiraz em ação de atendimentos jurídicos práticos
TEXTO: TARSILA SAUNDERS
IMAGEM: UP Aquiraz
A aprendizagem se consolida não apenas na teoria, mas também na experiência direta com a realidade. Com esse foco, a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) levou, nesta segunda-feira (10.11), dez defensores recém-empossados à Unidade Prisional de Aquiraz para realizar 80 atendimentos jurídicos a pessoas presas provisoriamente. A atividade integrou o curso de formação promovido pela Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP) e teve o objetivo de apresentar aos participantes a realidade administrativa e institucional da instituição.
Os dez novos defensores, empossados no dia 3 de novembro, deram o pontapé inicial nos atendimentos ao público. Cada participante atendeu cerca de oito pessoas, com orientações jurídicas e processuais voltadas à situação de quem está preso provisoriamente. A atividade também permitiu compreender o funcionamento do sistema de justiça dentro do contexto prisional.
Conforme destacou a diretora da ESPD, Amélia Rocha, o momento representou uma a primeira etapa de potencialização do conhecimento técnico, que logo será aplicado na prática. “Por isso, essa vivência no sistema prisional é significativa. Hoje, os novos defensores tiveram esse contato direto com pessoas privadas de liberdade, e esperamos que tenha sido uma experiência profundamente enriquecedora e transformadora”, ressaltou.
Já para o subdiretor das Defensorias do Interior, o defensor público Guilherme Queiroz, responsável por conduzir a visita dos novos empossados, a ocasião foi baseada em três pilares: aprendizagem, prática e compromisso. “Esses momentos práticos são essenciais para a trajetória dos novos defensores. São experiências que marcam e contribuem para esclarecer dúvidas e compreender melhor as demandas institucionais”, acrescentou.
Entre os novos empossados, o defensor público Pedro Erick Araújo avaliou que a vivência na unidade prisional foi notória para compreender de forma mais sensível a realidade das pessoas atendidas pela Defensoria. “Mesmo quem já trabalhou com a matéria criminal nem sempre teve a oportunidade de estar presencialmente em um presídio. Passar pelo processo de triagem, pelo scanner, por tudo aquilo que o visitante e o familiar enfrentam, faz a gente entender de perto a dor e as dificuldades do assistido. Foi uma experiência muito edificante”, concluiu.



