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21 Dias  de Ativismo: Defensoria debate o tema e apresenta Casa da Mulher Brasileira a jovens aprendizes do CIEE

21 Dias de Ativismo: Defensoria debate o tema e apresenta Casa da Mulher Brasileira a jovens aprendizes do CIEE

Publicado em
TEXTO E FOTO: JULIANA BOMFIM

A Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) recebeu, nesta quarta-feira (26), duas turmas de jovens aprendizes do Centro Integrado Empresa-Escola (CIEE) para apresentar o Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem), debater o tema e realizar uma visita guiada à Casa da Mulher Brasileira. A atividade faz parte da agenda da Defensoria para os 21 Dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher, que segue até 10 de dezembro. 

O CIEE tem sido um parceiro fundamental na capacitação de familiares das mulheres vítimas de violência que são atendidas pelo Nudem. E também encaminha para Defensoria os casos que identifica nas famílias dos jovens aprendizes.  “Com essa ação dos 21 dias de ativismo, tivemos a ideia de trazer os jovens aqui pra casa da mulher brasileira, para que eles conheçam o equipamento, entendam o seu funcionamento e saibam mais sobre os atendimentos da Defensoria, que é nossa parceira de muito tempo”, afirma Amanda Diógenes, assistente social do CIEE. 

Para a defensora pública e supervisora do Nudem, Jeritza Braga, a visita tem impacto direto na vida dos aprendizes. “É muito importante uma atividade como essa para jovens que estão iniciando seus relacionamentos. Eles são curiosos, estão descobrindo muitas coisas e, com certeza, saem daqui com muitas informações para o enfrentamento da violência contra a mulher”, destaca. 

A estudante de educação física Kayllane dos Santos sabia que existiam casas de apoio à mulher, mas nunca tinha conhecido uma de perto. Com a visita desta quarta-feira, percebeu a importância de espaços como a Casa da Mulher brasileira. “Querendo ou não, acredito que todo mundo já passou por algum momento de violência no dia a dia. E, a partir do momento em que eu adquiro esse conhecimento e sei onde esse serviço funciona, posso indicar o local caso presencie novamente algum tipo de violência contra uma mulher”, relata.

Para Roseane Mendes, instrutora do CIEE,  a visita complementa o conteúdo repassado nos cursos. “Nós já tivemos momentos, oficinas onde a gente fala sobre o combate à violência contra a mulher. Então, assim, para eles é literalmente ligar a prática, né, de como funciona na realidade essas questões que, de fato, afetam, né, afetam não só as meninas, mas também os meninos que muitos vivem dentro de um cenário de violência, estão inseridos, então, muito bacana a visita”, afirma.

A estrutura da casa da mulher brasileira impressionou a estudante de administração, Stephany Brito, de 19 anos. “Está sendo uma experiência maravilhosa porque eu não conhecia a Casa da Mulher Brasileira e todo esse acolhimento que as mulheres recebem aqui. Também não sabia que a Defensoria Pública ficava tão próxima da Delegacia da Mulher e isso faz toda a diferença. Ter para onde ir depois de fazer a queixa, é fundamental. Achei um ato de muita humanidade colocar esses serviços tão perto, para que a mulher não fique perdida depois de passar por uma violência”, destaca. 

Alexandre Filho, de 20 anos, também não conhecia a Casa da Mulher Brasileira nem os atendimentos da Defensoria às mulheres vítimas de violência, ficou impactado com a realidade. “A visita foi boa,  mas o clima é muito pesado porque você começa a escutar e você começa a imaginar. É muito pesado. Tem que ter controle psicológico”, reflete.

 

Outras atividades

Além das visitas do CIEE, o Nudem realiza, no dia 9 de dezembro, às 9h, uma roda de conversa com as mulheres indígenas do povo indígena tradicional Anacé, em Caucaia. E no dia 10 de dezembro, às 13 h, participa da capacitação de colaboradores e sindicalizados no auditório do SindOnibus. As atividades buscam provocar reflexão sobre desigualdades de gênero, tipos de violência e caminhos de apoio institucional.

 

Atendimentos

A Defensoria Pública atua em espaços especializados às mulheres vítimas de violência. Além da Casa da Mulher Brasileira, em Fortaleza, a instituição atua também no Crato (com o Nudem Cariri), além da Casa da Mulher Cearense, em Juazeiro do Norte, Quixadá e Sobral, garantindo acolhimento multidisciplinar, articulação de serviços e espaço seguro para denúncias e proteção.

Com ações educativas, atendimento jurídico e fortalecimento de redes de proteção, a DPCE reafirma: combater a violência contra a mulher é tarefa de todos os dias. Os 21 Dias de Ativismo tornam visível uma pauta que, para a Defensoria, é permanente: garantir que cada mulher, em qualquer território, encontre proteção, acolhimento e caminhos seguros para reconstrução da vida.