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15 anos da Ouvidoria são celebrados com inauguração de galeria em homenagem a gestoras e gestor do órgão

15 anos da Ouvidoria são celebrados com inauguração de galeria em homenagem a gestoras e gestor do órgão

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Texto: Bruno de Castro
Foto: ZeRosa Filho

Os 15 anos da Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública do Ceará foram comemorados nesta quarta-feira (10/12) com a inauguração da Galeria de Ouvidores da instituição. Localizado na entrada do órgão, em Fortaleza, o espaço reúne fotos oficiais das cinco pessoas que geriram o setor até hoje – quatro mulheres e um homem -, todas negras e eleitas por movimentos sociais, que lotaram os corredores da DPCE para prestigiar o momento, marcado também pela presença da filósofa Sueli Carneiro.

Atual gestora do setor, a historiadora e quilombola Joyce Ramos (2023-2027) reconheceu a importância de quem a antecedeu para a Ouvidoria ter a importância de hoje. “Estamos aqui porque sonhamos e fazemos deste espaço um espaço também político. A gente faz porque acredita, não é por falácia! Então, que as portas continuem alargadas para o nosso povo preto entrar e que todos os movimentos se sintam representados”, pontuou.

Primeira ouvidora da história da DPCE, a bibliotecária Virgínia Ferreira (2011-2015) afirmou que o cargo não pode ser visto como projeto individual. “Isso aqui é coletivo. E todos os que vão ocupar essa cadeira têm que ter essa consciência. Estar na Ouvidoria foi um grande momento de abrir as portas para que outras pessoas pudessem adentrar. Penso que o papel dela se ampliou e cada ouvidor cumpriu o papel de avançar cada vez mais”.

A antropóloga Meiry Coelho (2015-2019) foi a segunda ouvidora da DPCE. Ela comemorou a concretização de pautas que defendeu quando esteve no cargo, sobretudo a presença de mais defensores negros e de pessoas trans no corpo funcional da DPCE. “Até 2014, a Defensoria era uma instituição que não chamava a nossa atenção. Quando precisamos dela, decidimos dar continuidade ao legado da Ana Virgínia porque era uma instituição que precisava aprender mais. Ela ainda precisa avançar, mas hoje podemos sonhar. Olhando pra trás, vejo que fizemos apostas corretas”.

Já o advogado Alysson Frota foi ouvidor entre os anos de 2021 e 2023, sucedendo a geógrafa Antônia Araújo (2019-2021), ausente na inauguração da galeria por motivos profissionais. Ele enalteceu o crescimento do setor nos últimos anos, tanto em recursos humanos quanto em atuações. Desde a criação, a Ouvidoria da DPCE fez cerca de 40 mil atendimentos. “É visível que a Ouvidoria tem cada vez mais tomado espaço e corpo. É uma expansão crescente e um caminho sem volta. Vai ser difícil retroceder porque as lutas são diárias e sempre vai ser preciso melhorar algo. Só quem está aqui sabe do desafio que é. Eu amadureci pessoal e profissionalmente. Fico feliz pela Ouvidoria que existe e pela que ainda vai existir”.