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A orfandade de crianças e jovens decorrentes da Covid é tema de audiência pública na Câmara

A orfandade de crianças e jovens decorrentes da Covid é tema de audiência pública na Câmara

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A Defensoria Pública do Ceará participou nesta manhã de segunda-feira (22) de uma audiência pública no auditório  Vereador Ademar Arruda, na Câmara Municipal de Fortaleza sobre a orfandade de crianças e adolescentes ocasionadas pela Covid-19. A defensora pública e assessora de relacionamento institucional, Lia Felismino, representou a  instituição. 

A audiência pública foi requerida pela Mandata Coletiva Nossa Cara e pela Articulação em Apoio à Orfandade de Crianças e Adolescentes (Aoca) trazendo a demanda para o centro do debate, que contou com a presença dos representantes das Secretarias Municipal de Educação e de Direitos humanos da Prefeitura de Fortaleza, além de parlamentares e sociedade civil. Nos debates a necessidade de criação de uma política pública para os órfãos da Covid-19, que garantam o amparo socioeconômico e emocional para que o Ceará tenha uma infância segura, livre e com mais direitos. 

Em sua palavra, Lia Felismino reforçou a importância da pauta. “Aproveito publicamente para reafirmar o compromisso da Defensoria com essa pauta e dizer que continuem contanto conosco. A Defensoria segue de portas abertas, sabemos das nossas limitações, elas são objetivas, mas acreditamos que nesses espaços, construindo coletivamente, dando as mãos com outras instituições e pensando soluções de forma conjunta, é que nos fortalecemos e conseguimos efetivar políticas públicas de proteção social”, afirmou.

A professora Ângela Pinheiro, líder da Aoca, trouxe uma projeção de aproximadamente 3 mil crianças e jovens em Fortaleza possam estar em condição de orfandade. E lembrou o texto da jornalista Eliane Brum onde a atitude de importar pode transformar a realidade. “O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos. Diminutos, invisíveis. O mundo é salvo pelo avesso da importância. Pelo antônimo da evidência. O mundo é salvo por um olhar. Que envolve e afaga. Abarca. Resgata. Reconhece. Salva.”, leu. 

Na audiência foi construído os indicativos de encaminhamentos com a disponibilidade de escuta e acolhimento dessas crianças na elaboração dos protocolos de atendimento das redes multidisciplinares; uma busca-ativa abrangente por diversas Secretarias para localizar essas crianças e jovens deixando a porta-aberta para buscar os serviços e a realização de campanhas educativas sobre a orfandade, trazendo esse olhar direcionado a temática.