Cartilha E Eu Sou O Que: capacitações na capital e interior ampliam o debate da igualdade na instituição
O Comitê de Igualdade Étnico-Racial da Defensoria Pública do Ceará foi criado em novembro de 2024 como parte de uma política institucional voltada ao letramento racial e às práticas antirracistas. A primeira ação do Comitê foi o lançamento da cartilha (CLIQUE AQUI) “E eu, sou o quê? Um pequeno guia sobre (a sua) raça”. O material tem como objetivo capacitar defensores, defensoras e servidores para compreender e enfrentar o racismo estrutural a partir de referências seguras, linguagem acessível e abordagem sensível às experiências cotidianas.
A cartilha nasce como um instrumento de transformação interna. Ela favorece que as equipes se reconheçam, identifiquem corretamente sua raça e ampliem seu sentimento de pertencimento, o que contribui para relações e apoiam a reflexão que vai além da informação e chega ao campo das atitudes.
Durante todo o ano de 2025, diversas ações de diálogo e letramento racial tem acontecido na capital e interior. Nessas ocasiões, equipes e defensores dialogam sobre suas práticas e estimularam novas formas de olhar a experiência racial no ambiente de trabalho e no atendimento ao público. Entre os objetivos principais estão o uso adequado das terminologias raciais, a prevenção de microagressões, a ampliação da consciência racial interna, o estímulo à representatividade e a consolidação de vínculos entre diferentes segmentos da Defensoria. Assim, a cartilha se afirma como referência para orientar relações mais inclusivas e fortalecer uma cultura institucional atenta às desigualdades raciais.
Perguntas como “negro ou preto?”, “se minha mãe é negra, eu também sou?” e “é adequado chamar alguém de moreno?” mostram a importância de orientar equipes com clareza, segurança conceitual e responsabilidade. O lançamento representa um marco institucional no enfrentamento ao racismo, ao reunir formação técnica, sensibilização e diálogo interno. É uma experiência inspiradora para a construção de estratégias coletivas de promoção da igualdade racial no sistema de justiça e reafirma o compromisso da Defensoria com uma sociedade mais justa e plural.
A iniciativa concorre agora para integrar o Atlas da Inovação em Comunicação Pública porque transforma conhecimento jurídico em conteúdo compreensível para jovens, ampliando a participação social, fortalecendo direitos e prevenindo violências. Para saber mais sobre o Atlas, acesse o site oficial: https://www.oecd-opsi.org/atlas-public-communication
O convite é simples: conheça, participe e compartilhe ações que aproximam o poder público das pessoas.


