Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Defensoria acompanha ato público dos movimentos sociais, antes do julgamento do homicídio do ativista Zé Maria do Tomé

Defensoria acompanha ato público dos movimentos sociais, antes do julgamento do homicídio do ativista Zé Maria do Tomé

Publicado em

Uma grande movimentação é esperada para o início do julgamento do ativista Zé Maria do Tomé, líder comunitário executado há 14 anos com 25 tiros, em Limoeiro do Norte, região do Vale do Jaguaribe (CE). A Sessão do Tribunal do Júri acontece nesta quarta-feira (9), às 9h, na 5a Vara do Juri do Fórum Clóvis Bevilaqua, em Fortaleza. O acesso é limitado e restrito a credenciados. 

Um ato público, organizado pelos movimentos sociais, está marcado para às 8h. A Defensoria Pública do Estado é uma das instituições que acompanha este julgamento pela sua relevância para as comunidades vulneráveis e para os movimentos sociais. Os defensores públicos Leandro Bessa e Lia Felismino, subdefensor geral e assessora de relacionamento institucional, respectivamente, acompanharão a livre manifestação.  

O agricultor foi assassinado em 21 de abril de 2010. Por se tratar de um crime contra a vida, o acusado será levado a julgamento no salão do júri, cujo resultado é definido pelo Conselho de Sentença, formado por sete jurados da sociedade civil, escolhidos a partir de sorteio. 

José Maria Filho (04/10/1966-21/04/2010), o Zé Maria do Tomé, se tornou líder popular quando denunciou a contaminação por agrotóxicos em comunidades rurais do Ceará, na Chapa do Apodi, entre Quixeré e Limoeiro do Norte. Ele batiza a lei estadual (Lei Estadual nº 16.820/19) que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos. É considerado um mártir regional por lutar contra injustiças sociais na região e pelo direito à moradia e à saúde da população mais vulnerável, tendo coragem de denunciar irregularidades nos perímetros irrigados, a expulsão de moradores e o uso indiscriminado de agrotóxicos.