Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Defensoria articula capacitação para adolescentes acolhidos em abrigo público de Juazeiro do Norte

Defensoria articula capacitação para adolescentes acolhidos em abrigo público de Juazeiro do Norte

Publicado em

A Defensoria Pública Geral do Ceará (DPCE), em atuação em Juazeiro do Norte, município do sul do estado, na Região do Cariri, integrou nessa quarta-feira (17/2) comitiva para viabilizar programas de capacitação aos adolescentes que vivem no único abrigo público da cidade e estão disponíveis para adoção.

Reuniram-se representantes da DPCE, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-CE) e do equipamento mantido pela Prefeitura. Quatro adolescentes com idade entre 14 e 15 anos participaram do momento.

“Estamos tentando viabilizar parcerias para que possamos trabalhar a inserção desses meninos no mercado, seja por programas educativos ou profissionalizantes. Precisamos entender o que eles querem, quais as perspectivas deles”, explica a defensora pública Nadinne Sales, que faz parte do projeto “Abrigo não é família” e acompanha de perto a evolução de crianças e adolescentes em situação de abrigamento.

Também presente no encontro, a defensora Aline Marinho explica que o fator idade é preponderante para esses meninos serem adotados. Ela atua em processos de adoção na Vara Única da Infância de Juazeiro e atesta o quão privilegiadas são as crianças mais novas na busca por uma família. Daí a preocupação com a capacitação dos garotos.

“A partir dos 12 anos, a adoção fica mais difícil. A gente se preocupa porque quando eles fizerem 18 anos vão ter que deixar o abrigo, como determina a lei. Mas e aí, o que será deles? Havendo uma adoção tardia, ótimo. Não havendo, temos que ter um plano de vida pra eles. Temos que desenvolver a autonomia, colocar no mercado ou, quando chegarem à maioridade, terem alguma perspectiva de emprego”, pontua Aline Marinho.

Conforme a defensora, os adolescentes participaram de dinâmicas e conheceram programas de estágio e o Jovem Aprendiz, destinado a jovens a partir dos 14 anos. A necessidade de todos estarem na escola também foi destacada.

“A gente explicou que eles só podem pegar essa oportunidade se estiverem matriculados e estudando direitinho. Os quatro estão. Dos quatro, três, inclusive, estão em escolas particulares graças a um programa de apadrinhamento. Todos ficaram muito empolgados. Foi uma reunião muito produtiva”, conclui a Aline.