Defensoria discute inovação e integração tecnológica no IV Workshop de Desenvolvimento Colaborativo
TEXTO: DEBORAH DUARTE
FOTOS:ARI FEITOSA E GIULLIAN RODRIGUES
Nesta quinta-feira (27), a sede da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) foi palco do IV Workshop de Desenvolvimento Colaborativo, evento que reuniu mais de 90 representantes de diversos estados na área de tecnologia da informação. A iniciativa, realizada em parceria com a Coordenadoria de Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Defensoras e Defensores Gerais (Condege), teve como objetivo discutir a integração de novas tecnologias para aprimorar os serviços das Defensorias Públicas, buscando mais eficiência e qualidade no atendimento à população.
O defensor público-geral do Estado do Paraná e coordenador nacional de Tecnologia do Condege, Matheus Munhoz, realizou a abertura do evento e destacou a importância que a pauta de tecnologia da informação vem ganhando nacionalmente no âmbito do colegiado.

“Estou muito feliz em ver o auditório tão bem ocupado. Temos representação de 26 estados — apenas um não conseguiu enviar representante — e praticamente 100 pessoas inscritas, o que mostra a evolução da nossa coordenadoria e o apoio do Condege. Quando assumi a coordenação nacional, simultaneamente ao mandato de defensor público-geral do Paraná, fiz isso com um único objetivo: levar a voz das equipes de tecnologia para dentro do Condege. Não que os gestores não estivessem atentos às nossas necessidades, mas faltava esse elo. Ao trabalharmos de forma mais organizada, percebemos que não há resistência. Todos os defensores públicos-gerais apoiam incondicionalmente as pautas de tecnologia. Isso ficou claro em todas as aprovações recentes do colegiado. Sem dúvida, vamos seguir avançando”, ressaltou Munhoz.
A defensora pública-geral do Estado do Ceará e secretária-geral adjunta do Condege, Sâmia Farias, deu as boas-vindas aos participantes. “Há alguns anos, quando fui assessora de desenvolvimento institucional e participei de uma comissão técnica de TI em Pernambuco, esse ainda era um tema muito incipiente. Hoje, é uma grande alegria ver como esse debate cresceu nas Defensorias Públicas estaduais. Estamos aqui, em um auditório lotado, discutindo tecnologia porque sabemos o quanto é essencial investir em TI. Cientes das limitações financeiras do serviço público — dado o alto custo dos investimentos — é fundamental a união de todas as Defensorias, especialmente considerando a diversidade de realidades estaduais. Esse momento de integração e troca de experiências é muito valioso”, pontuou Sâmia Farias.
Logo após a solenidade de abertura, o primeiro painel trouxe o tema “Transcrição de Audiências por I.A.”. Participaram da discussão o defensor público e assessor de desenvolvimento institucional da DPCE, Bruno Fiori; o diretor de Tecnologia da Informação da Defensoria Pública do Paraná, Fábio Guerra; o gerente de projetos de software da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, Ricardo Rivaldo; e o diretor de Tecnologia da Informação da Defensoria Pública do Amazonas, Nickollas Lima.
Na ocasião, o defensor Bruno Fiori apresentou o software Sr. Tanaka, desenvolvido pela DPCE, que realiza transcrição de audiências e já faz parte da rotina dos defensores públicos cearenses. A ferramenta é uma homenagem ao colaborador Massachi Tanaka, que integrou por 12 anos o setor de Tecnologia da Informação da instituição e faleceu em julho de 2022.
O diretor Fábio Guerra também ressaltou as melhorias proporcionadas pela reorganização dos dados. “Com os dados organizados, nossa gestão agora tem capacidade de gerar guias e relatórios de forma muito mais flexível. Estamos estruturando uma nova bancada de diretoria, dentro da reorganização administrativa, para monitorar as informações e garantir mais eficiência ao trabalho. O Dr. Mateus valoriza muito esse processo e sempre traz indicadores da sua área às reuniões. O mais importante foi conquistarmos, junto à TI, a criação de indicadores baseados em uma única fonte de dados”, destacou.
Ao longo do evento, também foram apresentados sistemas e soluções que vêm contribuindo para a eficiência da atuação das Defensorias Públicas nas áreas cível, criminal, social e administrativa.



























