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Defensoria em Movimento atende mais de 120 pessoas no bairro Carlito Pamplona

Defensoria em Movimento atende mais de 120 pessoas no bairro Carlito Pamplona

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A Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) encerrou, nesta quinta-feira (10), os atendimentos aos moradores da Ocupação Deus é Amor, no bairro Carlito Pamplona. Entre os dias 8 e 10 de julho, mais de 120 pessoas passaram pela carreta da Defensoria em Movimento, estacionada na Rua Dom Hélio Campos, nº 80, em frente à Quadra B, Bloco 12.

Nos dois primeiros dias, 8 e 9 de julho, a equipe da Defensoria realizou triagens e prestou orientações iniciais aos interessados. Já na quinta-feira (10), os atendimentos jurídicos foram realizados diretamente pelos defensores públicos Régis Girão, Carlos George, Elizabeth Chagas, Eduarda Paz e Carolina Chaib. O subdefensor Leandro Bessa e a ouvidora externa Joyce Ramos também participaram da atividade. 

O motorista Paulo Oliveira Mesquita procurou a Defensoria para iniciar o processo de divórcio, após quatro anos de separação. Morador do bairro Carlito Pamplona, ele explica que tanto ele quanto a ex-companheira já estão com novos parceiros. Agora, o objetivo é formalizar a separação, definir a pensão alimentícia e garantir que a boa convivência entre ambos se mantenha, especialmente em nome dos filhos. “Temos dois filhos lindos e mantemos um bom diálogo. Queremos seguir caminhos diferentes, mas com respeito e amizade, porque isso é fundamental para o bem-estar de todos”, afirma.

Foi pensando no futuro da pequena Ana Heloise, de seis anos, que Silvânia da Costa Lima iniciou, na manhã desta quinta-feira (10), o processo de pensão alimentícia. “Já tentei um acordo informal com o pai dela, mas ele nunca contribuiu com nada. Agora resolvi procurar a Justiça porque sei que minha filha tem esse direito”, explica a autônoma.

Com a presença da Defensoria na comunidade, a auxiliar de serviços gerais Ana Paula Barbosa de Sousa resolveu uma pendência que se arrastava há mais de três décadas. Na carteira de identidade, emitida quando ela tinha apenas 15 anos, o sobrenome “Sousa”, com S, estava grafado de forma diferente do “Souza” do registro de nascimento. “Minha mãe não sabia ler e eu não pensei que fosse um problema”, justifica. Ana Paula não imaginava que a divergência traria dificuldades na vida adulta. “Como passei a usar a identidade, todos os meus documentos e registros de trabalho ficaram com o sobrenome Sousa, com S. Tentei emitir uma nova, mas não consegui”, relata. Aos 46 anos, ela procurou a Defensoria para solicitar a retificação do registro de nascimento e, finalmente, oficializar o sobrenome que passou a usar desde a adolescência.

“A iniciativa da Defensoria em Movimento é extremamente importante porque aproxima a população dos serviços da Defensoria Pública. Muitas pessoas ainda não conhecem ou não têm condições de se deslocar até os nossos núcleos. Com essa estrutura itinerante, conseguimos levar orientação jurídica gratuita diretamente às comunidades, fortalecendo a presença da instituição e garantindo o acesso à justiça para quem mais precisa”, afirma Leandro Bessa.