
Defensoria em Movimento finaliza edição no bairro Moura Brasil com mais de 70 atendimentos concluídos
Texto: Kamilla Vasconcelos
Fotos: Ari Feitosa
Nesta quinta-feira (27/02), a Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) concluiu três dias de atendimentos no bairro Moura Brasil, em Fortaleza, por meio do projeto “Defensoria em Movimento”. Entre as diversas demandas atendidas, que abrangem áreas como direito de família, criminal, consumidor, saúde e infância e juventude, foram realizados 70 atendimentos, incluindo ações de alimentos e divórcio.
Nos dois primeiros dias, uma equipe de colaboradores da DPCE realizou triagens e orientações gerais. Já no terceiro e último dia, os defensores públicos assumiram os atendimentos para dar continuidade às demandas da população, promovendo o encaminhamento de ações e esclarecendo questões jurídicas mais específicas. Participaram da ação as defensores e defensores públicos: Márcia Pinheiro, Marcelo Marques, Yanayher Mydore, Francisco Soares e Thiago Furlanetti.
A defensora geral Sâmia Farias esteve presente na ação e reforçou o diferencial do projeto. “Ele se destaca exatamente pela possibilidade de aproximação das pessoas mais vulnerabilizadas com a Defensoria, que chega diretamente nos bairros, na rua em que as pessoas residem, sem a necessidade de deslocamento. Essa facilidade no acesso à justiça é importante, já que muitos cidadãos enfrentam dificuldades financeiras ou de logística para se deslocarem até os núcleos”, enfatiza.
É o caso do motorista Júlio Sales. Ele trabalha ao lado de onde a carreta da Defensoria estava atendendo durante a semana e aproveitou a oportunidade para resolver uma dependência. “Por acaso, eu mexi na minha carteira digital e descobri que tem um veículo que eu não reconheço no meu nome. Aqui no atendimento o defensor disse que foi enviado um ofício ao Detran pra eu ter alguma satisfação, saber como esse veículo veio ao meu nome”.
A proximidade da DPCE no bairro também foi um diferencial para Thalisany Aquino, jovem de 21 anos e mãe de um bebê de 8 meses. Ela procurou a Defensoria para realizar um reconhecimento de paternidade post mortem. “Vi sobre a carreta no Instagram porque um conhecido meu postou. E como não tenho condições de pagar um advogado, eu vim aqui pra ver se dava certo e deu. O pai do meu filho faleceu quando eu tava ainda com seis meses de gravidez e não consegui registrar porque ia precisar do exame de DNA. Agora falta pouco pra dar 100% certo. Vou ter que ir até a sede da Defensoria pra realizar esse teste, que talvez seja feito com a avó paterna do meu filho”, explica.
PRÓXIMA PARADA
Nos dias 11 e 12 de março, o projeto Defensoria em Movimento chega à região Centro-Sul do estado, no município de Iguatu. O primeiro dia será de triagem e orientações em direitos e o segundo para atendimentos agendados, com defensoras e defensores públicos.