Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Defensoria Pública atua no terceiro júri do Curió, que começa nesta terça-feira (12)

Defensoria Pública atua no terceiro júri do Curió, que começa nesta terça-feira (12)

Publicado em

Tem início na manhã desta terça-feira (12/9) mais uma etapa do julgamento da Chacina do Curió no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. Essa será a terceira fase do desfecho do caso e decidirá sobre o envolvimento de mais oito policiais militares nos crimes, cometidos em dezembro de 2015 e que resultaram nas mortes de 11 pessoas.

Os réus são Antônio Flauber de Melo Brazil, Clênio Silva da Costa, Antônio Carlos Matos Marçal, José Wagner Silva de Souza, José Oliveira do Nascimento, Francisco Hélder de Souza Filho, Igor Bethoven Sousa Oliveira e Maria Bárbara Moreira, primeira mulher a ser julgada no processo – que tem ainda mais dez policiais citados.

Os PMs são acusados de homicídio, tentativa de homicídio, torturas física e psicológica e omissão. A exemplo do ocorrido nos dois julgamentos até aqui realizados, a Defensoria Pública Geral do Ceará (DPCE) vai atuar como assistente de acusação ao lado do Ministério Público do Estado (MPCE) na tese de que os agentes de segurança tem responsabilidade sobre o evento e as vítimas foram escolhidas de forma aleatória.

Estão previstos para esta terceira fase do júri popular um total de 22 depoimentos, sendo sete de vítimas sobreviventes e sete de testemunhas (tanto de defesa quanto de acusação), além dos interrogatórios dos oito réus. “A Defensoria tem acompanhado este caso desde 2015 e está aqui em favor das famílias e das vítimas prestando toda a assistência por meio da Rede Acolhe. Após oito anos de espera, estamos mais próximos de algum desfecho para esses pais e mães enlutados”, afirma a defensora geral Elizabeth Chagas.

As 11 vítimas da Chacina são: Álef Souza Cavalcante, de 17 anos; Antônio Alisson Inácio Cardoso, de 17 anos; Francisco Enildo Pereira Chagas, de 41 anos; Jandson Alexandre de Sousa, de 19 anos; Jardel Lima dos Santos, de 17 anos; José Gilvan Pinto Barbosa, de 41 anos; Marcelo da Silva Mendes, de 17 anos; Patrício João Pinho Leite, de 16 anos; Pedro Alcântara Barroso, de 18 anos; Renaylson Girão da Silva, de 17 anos; e Valmir Ferreira da Conceição, de 37 anos.

A Chacina do Curió é a maior da história de Fortaleza e os três júris são os maiores em duração e repercussão do judiciário cearense.

OUTROS ACUSADOS
Em 25 de junho, o primeiro júri sobre o caso resultou na condenação de quatro PMs. Já no último dia 6 de setembro, oito policiais foram considerados incidentes pelo Conselho de Sentença. Ambos os casos foram para apelação tanto pela defesa patrocinada por advogados particulares, quanto pela acusação realizada pelo MPCE.