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Defensoria Pública do Ceará apoia projeto ViraVida

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A Defensoria Pública do Ceará está apoiando o Projeto ViraVida, uma iniciativa do SESI criada em 2008 que apoia adolescentes e jovens de 14 a 24 anos de baixa renda, que residem nas periferias de grandes centros e têm uma história de vida marcada por experiências relacionadas à violência (física, psicológica e sexual), gravidez na adolescência e dependência química.

O programa busca transformar a vida das vítimas mediante a oferta de cursos que abrangem áreas como moda, imagem pessoal, turismo e hospitalidade, gastronomia, comunicação digital e administração. O processo socioeducativo é desenvolvido em parceria com a Rede Nacional de Proteção das Crianças e Adolescentes e com as instituições que compõem o Sistema S (SESI, SENAI, SENAC, SESC, SEST, SENAT, SEBRAE e SESCOOP). Os cursos combinam formação profissional e educação básica, além de atendimento psicossocial, médico e odontológico. Atualmente, o ViraVida atende mais de 4 mil jovens no Brasil, distribuídos em 20 capitais.

No final de 2014, a Associação Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP) firmou um convênio com o SESI com o propósito de aprofundar ainda mais a atuação dos Defensores Públicos na proteção dos direitos de adolescentes e discutir a Rede de Enfrentamento à Violência Sexual em âmbito nacional. Aqui no Estado, a DPGE/CE abraça a causa e pretende difundir o projeto e fazer do ViraVida uma ferramenta complementar ao atendimento prestado pelos defensores públicos.

No que compete às Defensorias Públicas dos Estados, para o público assistido com o projeto serão prestados atendimentos jurídicos gratuitos, como, por exemplo, ações judiciais para escolas especiais; apoio à gestante; responsabilização civil dos autores da violência acometida contra o público do programa; atendimento em defesa da mulher, adolescente ou jovem com acolhimento jurídico integral às vítimas de violência doméstica, entre outtros.

Ainda em 2014, em maio, ONU, SESI e governo brasileiro também assinaram acordo de cooperação com o intuito de facilitar a transferência da tecnologia social do ViraVida a outros países. Em 2013, a iniciativa foi premiada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e recebeu selo da ONU.

Veja abaixo o vídeo institucional do programa:

https://www.youtube.com/watch?v=bMhuIYWUkQ0#t=88

Conheça um pouco mais sobre o ViraVida:

O ViraVida é um dos exemplos bem sucedidos de como a educação e a qualificação profissional podem transformar a vida de adolescentes e jovens. O programa, criado em 2008 pelo Conselho Nacional do SESI, apoia meninos e meninas, com idade entre 16 e 21 anos, que sofreram violência sexual.

Utilizando uma tecnologia de intervenção social, o programa oferece aos participantes a oportunidade de adquirir conhecimentos e desenvolver suas habilidades, para alcançarem a transformação em suas vidas por meio da inserção no mercado de trabalho. O objetivo do ViraVida é garantir os direitos e elevar a autoestima desses adolescentes e jovens, criando as condições necessárias para que alcancem a autonomia e o desenvolvimento pleno de suas vidas.

O processo socioeducativo é desenvolvido em parceria com a Rede Nacional de Proteção das Crianças e Adolescentes e com as instituições que compõem o Sistema S. Os cursos realizados combinam formação profissional e educação básica, além de atendimento psicossocial, médico e odontológico.

Atualmente, o programa atende mais de cinco mil jovens no Brasil, em 26 cidades. Os cursos já implantados abrangem as áreas de Moda, Imagem Pessoal, Turismo e Hospitalidade, Gastronomia, Comunicação Digital, Administração, dentre outros.

Objetivos do Programa:

Restituição de direitos e cidadania

Educação continuada e profissionalizante

Atendimento médico, odontológico e psicossocial

Encaminhamentos aos serviços da rede pública

Alimentação, transporte, bolsa de estudo

Noções de cooperativismo e auto-gestão

Preparação para o mercado de trabalho

Conforme pesquisa de impacto socioeconômico, o programa reduz efetivamente as diferenças sociais. Para cada R$ 1 investido no programa, entre 2013 e 2014, houve retorno de R$ 1,74 para a sociedade. Além disso, observou-se um impacto positivo nos níveis de equidade para valores sociais relacionados à empregabilidade, autoconfiança e a vínculos familiares e comunitários.

De acordo com o Disque 100, serviço de denúncia a violações dos direitos humanos, os números da violência sexual no Brasil são elevados: A incidência de abuso sexual é assustadora: 7,6 mil denúncias no ano. Média de 21 denúncias por dia.