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Defensoria Pública promove roda de conversa sobre cotas raciais e autoidentificação étnico-racial em escola de Morada Nova

Defensoria Pública promove roda de conversa sobre cotas raciais e autoidentificação étnico-racial em escola de Morada Nova

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Texto: Deborah Duarte

Com o objetivo de estimular o diálogo e promover a educação em direitos entre jovens, a Defensoria Pública do Estado do Ceará realizou, na manhã desta quinta-feira (13), uma roda de conversa na Escola Hilda Ponciano, no município de Morada Nova. A atividade, conduzida pela defensora pública Rayssa Cristina, abordou o tema das cotas raciais e da autoidentificação étnico-racial, em um formato participativo e formativo voltado para estudantes do ensino médio.

Durante o encontro, os alunos puderam esclarecer dúvidas e refletir sobre os critérios de identificação racial, especialmente no contexto das políticas afirmativas voltadas ao ingresso em universidades e concursos públicos.

Como principal instrumento de apoio, foi utilizada a Cartilha “E eu, sou o quê? Um pequeno guia sobre (a sua) raça” , material elaborado pela Secretária de Comunicação sobre Identificação Racial, que explica conceitos fundamentais como raça, etnia, fenótipo e pertencimento.

A defensora pública Rayssa Cristina destacou que o momento foi importante para ampliar o entendimento sobre o tema e fortalecer a consciência identitária entre os jovens.

“Muitos estudantes ainda têm dúvidas sobre o que significa se reconhecer como pessoa negra, parda ou indígena. Nosso papel é trazer informações que ajudem nesse processo, para que a autoidentificação seja um ato consciente e responsável, vinculado à vivência social e ao reconhecimento da própria história”, afirmou.

Ao longo da conversa, os estudantes participaram ativamente, fazendo perguntas e compartilhando experiências pessoais. Uma das questões mais debatidas foi: “Se meus pais forem negros, eu também sou?”, o que abriu espaço para discutir o papel do autorreconhecimento e da aparência fenotípica na identificação racial.

Segundo a defensora, ações como essa reafirmam o compromisso da Defensoria Pública com a promoção da igualdade racial e o combate ao racismo estrutural.

“Levar esse debate para dentro das escolas é fundamental. É ali que formamos cidadãos conscientes de seus direitos e do valor da diversidade racial na construção de uma sociedade mais justa e igualitária”, concluiu Rayssa Cristina.