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Defensoria Pública promove workshop sobre mediação online

Defensoria Pública promove workshop sobre mediação online

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A Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP) do Estado promoveu nesta quarta-feira, 29, um workshop para tratar sobre a temática da mediação online em tempos de pandemia e distanciamento social. Além disso, no encontro, a Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará (DPCE) lançou o manual “Mais perto que nunca”, material no qual é abordado o mesmo assunto da apresentação virtual.

O workshop iniciou às 17 horas e foi realizado por meio da plataforma digital Webex by Cisco. As defensoras públicas Rozane Magalhães (supervisora do Núcleo de Soluções Extrajudiciais de Fortaleza – Nusol), Paloma Moreira (defensora pública com atuação no interior como auxiliar de apoio remoto) e Emanuela Leite (titular em Sobral e atualmente secretária municipal de Segurança e Cidadania de Sobral) são as autoras do material sobre mediação online e também foram as palestrantes responsáveis por ministrar a oficina.

A diretora da ESDP, Patrícia de Sá Leitão e Leão destacou a importância tanto do momento em questão, quanto da produção do manual. “Fomos todos surpreendidos pela pandemia. A dificuldade de conseguir realizar as mediações de forma presencial, por causa do distanciamento social, nos impôs a condição de utilizar ferramentas digitais para que a gente efetivamente conseguisse dar seguimento ao trabalho, pois é um trabalho importantíssimo das colegas e de todos os defensores que trabalham com mediação. As três escreveram o manual na perspectiva de facilitar, de orientar e de partilhar a experiência da mediação online” 

A princípio, não sabia-se exatamente como as mediações iriam continuar, devido ao contexto pandêmico, onde todos os atendimentos presenciais foram cancelados e a instituição precisou se adaptar ao formato totalmente online. Ao iniciar sua fala, a defensora Emanuela Leite explicou que a única certeza existente naquele período era de que as mediações precisavam continuar. “Eu lembro que quando parou tudo, nós passamos por um período de desnorteamento, sem saber por onde começar, já que uma certeza nós tínhamos e sempre tivemos: nós não íamos parar. Eu acho que esse sentimento foi comum a todos os defensores. A gente percebia a inquietação, não sabia exatamente como fazer, mas uma certeza sempre nos acompanhou: Nós vamos ter que continuar levando acesso à justiça, levando o direito às pessoas”, declarou. 

A exposição foi dividida em duas partes. Emanuela Leite discursou primeiro e ressaltou a todo instante a necessidade de dar continuidade aos atendimentos jurídicos para os atendidos, mesmo em um período de tanta incerteza como o da pandemia. Em seguida, ela explanou sobre a feitura do manual “Mais perto que nunca”, contando um pouco das experiências vividas pelas três defensoras ao criarem o conteúdo e fez a exibição de um powerpoint detalhando para o público presente cada parte do processo. 

Posteriormente, no segundo momento da palestra, a defensora Rosane Magalhães  descreveu como foi para ela produzir o manual através do que já vinha vivenciando com a técnica de mediação remota. Ela discorreu também sobre como foi compartilhar suas próprias experiências e conhecer um pouco mais sobre as vivências das colegas defensoras na realização desse trabalho.“O que é interessante é que cada uma trouxe a sua realidade e todo mundo ficou livre para apresentar e trazer a experiência do que foi possível vivenciar. São muitas as histórias que nós vivemos nesses 18 meses.”, afirma a defensora pública. 

No decorrer da fala, Rozane relatou ter desde o início procurado maneiras de continuar a atuação. A defensora também contou alguns casos de atendimentos remotos aos quais ela presenciou, as dificuldades de não se estar no mesmo espaço físico que os atendidos e como se desenvolveram as tentativas de continuar conectada com as pessoas que buscaram ajuda da defensoria durante a pandemia.      

Ao fim, ela destaca a consciência que tem hoje dos meios de atendimentos possíveis além do presencial e a importância deles. “Nós somos seres altamente adaptáveis e soubemos ser flexíveis para estarmos atentos às necessidades dos nossos assistidos, das pessoas que nos buscam. sabemos que hoje a gente conta com uma ferramenta a mais. Antes era tudo presencial. Depois desse momento, eu vejo o quão é rica a experiência do presencial, mas hoje sabemos também que nós temos outras formas de atuação.”

Para finalizar o encontro, foi aberto um espaço em que os participantes puderam realizar perguntas às palestrantes.