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Defensoria realiza reunião para solução da comunidade Raízes da Praia, que há anos luta por moradia digna

Defensoria realiza reunião para solução da comunidade Raízes da Praia, que há anos luta por moradia digna

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Defensoria Pública do Estado do Ceará, Prefeitura de Fortaleza e membros da comunidade Raízes da Praia, que vivem em um terreno particular localizado na Praia do Futuro, em Fortaleza, estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira (19/04) para debater sobre uma ação de regularização fundiária em favor da comunidade. 

Depois de anos de luta, a Prefeitura de Fortaleza já instaurou a regularização fundiária administrativa para resolver a questão, mas ainda há entraves. Uma nova reunião está prevista para o próximo  mês incluindo os proprietários do terreno para tentar se chegar a uma solução.

Mais de 80 famílias estão instaladas no terreno há anos, sempre lutando pelo direito à moradia, e possuem processos no Poder Judiciário. Um deles é um de reintegração de posse, ajuizada pelo proprietário de um dos lotes, que tramita na  18ª Vara Cível; um segundo processo é de usucapião coletivo na 26ª Vara Cível. Além deles, em 2014, o Núcleo de Habitação e Moradia da Defensoria Pública entrou com uma Ação Civil Pública pedindo o fornecimento de energia para a comunidade e que a Prefeitura de Fortaleza promovesse a urbanização da área. Durante todo esse tempo, a Defensoria Pública é a responsável pela defesa da comunidade.

“Essa ACP já transitou em julgado, nós ganhamos em todas as instâncias e a Prefeitura está obrigada, por força dessa ação, a promover urbanização e construir as habitações da comunidade. O que está pendente é em relação a ação de reintegração de posse de um dos lotes e a ação de usucapião em relação aos demais lotes.  Essas ações estão tramitando normalmente e na reunião tratamos da regularização fundiária administrativa para tentar solucionar o conflito que existe com relação a um dos lotes, o que está dificultando essa regularização. Se não conseguirmos resolver os entraves, vamos continuar trabalhando dentro das ações que estão em trâmite”, explica o defensor público José Lino Fonteles, supervisor do Núcleo de Habitação e Moradia, que acompanha o processo. 

De acordo com o secretário-executivo da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), Filomeno Abreu, existe um prazo até o final de maio para que ocorra uma reunião onde todas as partes serão notificadas e deverão comparecer para que o andamento do processo seja debatido. “Não está na velocidade que gostaríamos, mas não está parado. O ideal é que nessa composição extrajudicial verifique o que vai ser pedido pelo proprietário”, pontuou Filomeno. 

A Raízes da Praia é um dos poucos grupos de famílias que ainda não foram removidos para outros locais distantes, desarticulando laços sociais e prejudicando os deslocamentos cotidianos. As condições de moradia no local, entretanto, ainda são muito precárias, com ausência de coleta de lixo, água encanada, esgoto e energia elétrica.

A reunião contou com a presença de representantes da Procuradoria Geral do Município (PGM), da Secretaria Municipal do Desenvolvimento Habitacional (Habitafor), da  Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (SEUMA), da Célula de Assistência Técnica Social, de membros do Escritório Frei Tito – Escritório de Direitos Humanos e Assessoria Jurídica Popular Frei Tito de Alencar e da Rede Jubileu Sul.