Defensoria apresenta série “Eu Sou O Futuro Que Meus Ancestrais Sonharam”
Para comemorar o Novembro Negro, a Defensoria apresenta série “Eu Sou O Futuro Que Meus Ancestrais Sonharam” articula três dimensões que revelam a centralidade da luta das mulheres e homens negros na transformação do Brasil: a disputa por lugares de poder, a consolidação de políticas públicas antirracistas e a força da arte como campo de ruptura e memória.
Nas instituições mais simbólicas do país, como a Academia Brasileira de Letras e o Supremo Tribunal Federal, aos territórios culturais e na Defensoria Pública, emerge um fio comum: a urgência de reconhecer que a ausência de pessoas negras nesses espaços moldou decisões, narrativas e políticas por séculos. A entrada inédita de uma mulher negra na ABL, em 2025, evidencia a lentidão histórica das instituições brasileiras. A ausência de uma ministra negra no STF reforça que o país ainda não reconfigurou o lugar da humanidade negra na vida pública. As políticas afirmativas surgem como resposta concreta, mas revelam que a igualdade depende de mudança cultural, estrutura institucional e letramento racial.
No Ceará, esse processo ganha relevo. O Estado passou a ser referência nacional em ações afirmativas, enquanto a Defensoria Pública avança de forma consistente na construção de uma cultura interna antirracista. Ao fortalecer suas cotas, criar Comitê, produzir materiais educativos e ampliar a presença de mulheres negras e quilombolas, a instituição assume que não há justiça possível com um corpo funcional que não reflita o país real.
A série mostra também que a arte segue sendo um território de invenção e respiro diante dos limites das políticas. A música de Lorena Nunes, a trajetória de Helena Barbosa e o grafite de Davi Favela, as personagens de Alice Carvalho conectam ancestralidade, política e futuro. São expressões que rasgam fronteiras e produzem imaginários mais democráticos. Representação não é enfeite. É disputa de narrativa.
O especial se consolida em três matérias e em publicações de videos destas entrevistas nas redes sociais, deixando a reflexão de que a mudança não nasce apenas de leis, mas da fricção entre cultura, política e presença. Quando mais negras e negros ocupam os espaços, melhor a sociedade reconta sua própria história.
Da cadeira 33 da ABL ao STF – por que a representatividade da mulher negra transforma o país
A matéria apresenta a força das vozes negras na cultura, mostrando como arte, política e ancestralidade se entrelaçam. A trajetória de Lorena Nunes, a experiência de Helena Barbosa e a atuação de Davi Favela revelam como música, audiovisual e grafite abrem caminhos e ampliam consciência social. A reportagem mostra que a arte negra desloca imaginários, fortalece identidades e traduz vivências que o Estado nem sempre alcança. Ao retomar a história da teledramaturgia brasileira e a presença ainda limitada de protagonistas negras, destaca o impacto dos novos ciclos de visibilidade na TV. A Defensoria surge como aliada e defende que cultura e justiça caminham juntas, já que a arte produz linguagem, pertencimento e repertório para a luta antirracista.
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