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Em dois dias do mutirão “Adoção – Legalize essa decisão” , Defensoria Pública realiza 62 atendimentos

Em dois dias do mutirão “Adoção – Legalize essa decisão” , Defensoria Pública realiza 62 atendimentos

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A Defensoria Pública atendeu, por meio do Núcleo de Atendimento da Infância e da Juventude (Nadij) 62 atendimentos no mutirão “Adoção – Legalize essa decisão”, nos dias 30 e 31/05, na sede do Núcleo. A ação está dentro do calendário do Dia Nacional da Adoção, comemorado no dia 25 de maio, e tem o intuito de orientar e dar encaminhamentos às pessoas que possuem interesse em adotar ou tenham dúvidas sobre os processos já em tramitação. O número já superou a edição do ano de 2022, onde 40 famílias foram atendidas durante os dois dias de mutirão. Quatro defensores públicos, pelo Defensoria em Movimento, e as duas defensoras do Nadij ficaram responsáveis por prestar a assistência.

A defensora pública Jacqueline Torres, supervisora do Nadij, explica que o mutirão é pensado, preferencialmente, para quem quer iniciar uma adoção, mas ainda não sabe como fazer. “Damos toda a orientação com relação ao cadastro da adoção, qual a documentação para se necessário ajuizar uma ação, como proceder. As pessoas têm muita curiosidade de saber qual é o tempo de um processo de adoção e quem pode adotar. Então, a gente presta toda essa orientação com vistas a esclarecer essas dúvidas Há também situações que já ocorrem, aquelas situações de fato, onde a pessoa já consolidou um vínculo de criação e que tem o desejo de concretizar o vínculo jurídico, fazer com que aquela filiação exista perante a leis e a sociedade”, elucida.

É o caso, por exemplo, do casal Fátima Regina da Silva e Carlos Henrique Barbosa. No primeiro dia de atividade, chegaram antes mesmo de as portas abrirem. Eles têm como filha a pequena Isabelly, de 6 anos, e sentem a necessidade de regularizar essa filiação com a adoção, já que hoje só possuem a guarda da menina.

Desde que saiu da maternidade, a menina vive na casa dos pais adotivos, já que é filha da irmã de Fátima que, à época do nascimento, não tinha condições de cuidar da criança. “A gente acompanhou um pouco da gestação e a bebê nasceu prematura, de 7 meses. Eu fiquei com ela até ela sair da maternidade. A Isabelly passou 12 dias na incubadora, mas depois eu já saí com ela de lá e ela foi direto pra minha casa”, explica.

Mesmo já tendo dois filhos adultos, Fátima aceitou o desafio de uma nova vida de braços abertos. “A casa tava um pouco vazia e, depois que ela chegou, ela é a luz da casa. É a razão da gente. Eu e o meu marido, Carlos, não tivemos filhos juntos. Agora temos. Presente mesmo de Deus para iluminar mais a vida da gente”, emociona-se a mãe.

O processo de adoção é o sonho também do pai, ao dispor seu sobrenome na certidão de nascimento. “Estou doido que esse processo saia logo, porque uma coisa que ela pergunta também é o sobrenome, né? Ela quer ter o meu sobrenome, porque não tem. Ela sempre fala que quer o meu sobrenome, que tem que ter “Barbosa” no meio”, disse Carlos.

Para aqueles que têm interesse em adotar uma criança ou um adolescente e não conseguiram participar do projeto “Adoção – Legalize essa decisão”, devem procurar a Vara da Infância e Juventude mais próxima para se inscrever no Sistema Nacional de Adoção. “É um cadastro existente em toda cidade. Lá, a pessoa passa por um processo de habilitação. Tem alguns critérios para serem avaliados, e depois desse processo, a pessoa é declarada apta ou não para ser inscrita no Cadastro Nacional de Adoção”, explica a defensora.

Serviço 

A sede do Nadij fica localizada na Rua Júlio Lima, nº 770 e os agendamentos podem ser feitos por meio dos contatos: (85) 3194.5093 e (85) 9.8895.5716.