Posso ajudar?
Posso ajudar?

Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Lutas antirracistas marcam mais um encontro das Defensoras Populares, desta vez no Cariri

Lutas antirracistas marcam mais um encontro das Defensoras Populares, desta vez no Cariri

Publicado em
Texto: DEBORAH DUARTE
FOTO: DIVULGAÇÃO

A Defensoria Pública do Ceará (DPCE) promoveu no último sábado (19/10) mais uma aula do curso de Defensoras Populares, projeto de capacitação de lideranças femininas de diversos municípios do Ceará. O encontro ocorreu na Casa da Mulher Cearense, em Juazeiro do Norte, e foi ministrada pela professora Vera Rodrigues, que abordou sobre lutas antirracistas e o avanço das pautas de direitos. A ouvidora Joyce Ramos esteve na ação.

O encontro foi presencial para as mulheres que moram na região do Cariri e foi acompanhado de forma virtual por aquelas que moram em outras regiões. Toda a programação é organizada pela Escola Superior (ESDP), entidade que promove o projeto em parceria com a Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). As aulas ainda estão previstas para acontecer até maio de 2025.

O defensor público Francisco de Assis Carvalho Júnior esteve presente na ocasião representando a Escola Superior da Defensoria Pública. “Uma das questões abordadas foi sobre o fluxo necessário para que essas mulheres, enquanto defensoras  populares, precisam conhecer para dar asas a essas demandas raciais. Para quando acontecer um desrespeito de algum direito que envolva questões raciais, ato de racismo ou injúria racial, essas mulheres saibam o fluxo de atendimento. O foco foi sobre como se aciona os órgãos públicos, as entidades públicas, para que resolvesse essa demanda”, contextualizou o defensor público que pontuou tecnicamente a a diferença entre injúria racial e racismo.

A diretora da Escola Superior da Defensoria Pública, Amélia Rocha, reforça que a troca de conhecimento e intercâmbio de experiências, ajudam a identificar os direitos e atuar nos seus territórios concretamente. “O curso não é um fim si mesmo, tendo como permanente propósito a compreensão do processo de construção dos direitos, com ênfase na desestruturação das injustiças, no que se destaca o combate ao racismo estrutural”, pontuou Amélia Rocha.

A iniciativa é fruto de parceria da Escola Superior da DPCE com a Universidade Internacional da Integração da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab) e o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Acesso à Justiça, via Pronasci. As mulheres selecionadas por edital estão sendo capacitadas ao longo de um ano para, em seguida, atuarem nas comunidades nas quais moram, disseminando conteúdos, elucidando dúvidas da população e implementando projetos.

O projeto Defensoras Populares atende a 12 localidades: Fortaleza, Aquiraz, Cascavel, Caucaia, Maracanaú, Pacatuba, Redenção, Acarape, Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Macrorregião de Sobral.

Encontro com os movimentos sociais 

Ainda no sábado, a Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública promoveu um encontro com representantes de movimentos sociais, na sede da Defensoria Pública em Juazeiro do Norte. O encontro significou um momento de escuta e acolhimento de propostas para a Ouvidoria da Defensoria.

“Esse encontro da ouvidoria com os movimentos sociais do Cariri é uma reivindicação que faz parte dos representantes dos movimentos daquela região. Haja visto que o Cariri, é uma região mais distante do estado. Na ocasião a ouvidoria puxou esse encontro para mais uma vez os movimentos serem ouvidos e a gente vê uma forma de poder, com as inúmeras pautas desses movimentos, conseguir, talvez até o final do ano montar alguma agenda, ou que eu possa então trazer essas reivindicações. É uma oportunidade e uma forma da gente, depois do orçamento participativo (realizado em abril) retomar as pautas desses movimentos”, afirma Joyce Ramos.