Ouvidoria recebe movimentos sociais para prestar contas de 2024 e planejar ações de 2025; parceiros são homenageados
Texto e Fotos: Bruno de Castro
A Ouvidoria Geral Externa da Defensoria Pública do Ceará realizou nesta quinta-feira (16/1) plenária com representantes de movimentos sociais para planejar os trabalhos de 2025 e prestar contas das ações realizadas em 2024. Na ocasião, 37 colaboradores(as) da DPCE e defensores(as) parceiros(as) foram homenageados(as) pelos serviços prestados em prol do bom funcionamento do órgão, único no Sistema de Justiça do estado.
Essa foi a primeira atividade deste que é o 15º ano de atuação da Ouvidoria. “Cada um que recebe esse reconhecimento mostra o quanto estamos no caminho certo para uma Defensoria cada vez mais forte. É a prova de que estamos garantindo acesso à justiça a quem mais precisa. Porque essa instituição não é de uma pessoa só. Ela é plural, coletiva, com cada um dando sua contribuição no seu mister diário”, sintetizou a defensora geral, Sâmia Farias, uma das agraciadas com a comenda “Protegendo direitos, promovendo Justiça.”
À frente da Ouvidoria desde setembro de 2023, a quilombola Joyce Ramos enalteceu que a homenagem é uma forma de reconhecer o trabalho coletivo desenvolvido pelo órgão interna e externamente. “A gente tem tentado ao máximo construir uma atuação em rede, porque nosso entendimento é de que ninguém faz nada sozinho. Sem essas pessoas, a Ouvidoria não é nada. Com elas, o nosso trabalho tem crescido cada vez mais e alcançado cada vez mais gente”, afirmou.
Joyce destacou a produtividade do órgão no ano passado, quando de janeiro a novembro foram feitos 6.091 atendimentos. Os dados de dezembro ainda estão sendo contabilizados e, até agora, julho foi o mês de maior procura, com 679 demandas. É função da Ouvidoria promover a democracia participativa e o controle social da DPCE, de forma que a população possa fiscalizar, elogiar, reclamar, sugerir e indicar quais devem ser as demandas e prioridades da instituição.
Por isso, a presença dos representantes dos movimentos sociais era fundamental para a plenária desta quinta. Ao todo, 147 pessoas compareceram e sugeriram ações como: fortalecer a atuação da Defensoria junto às torcidas organizadas de futebol; promover mais projetos destinados aos idosos; pautar mais a causa do desencarceramento; criar um canal de atendimento exclusivo para os familiares de pessoas presas; expandir os serviços para pessoas trans e travestis; aumentar a interlocução com as cozinhas populares; e fiscalizar as ações educacionais do sistema prisional.
“Todas as propostas foram registradas e serão avaliadas para a composição do plano de ação deste ano da Ouvidoria. E nós fazemos esse trabalho de escuta dos movimentos porque somos nós os representantes da sociedade civil dentro da Defensoria. Então, só tem sentido fazer qualquer coisa aqui se for a partir do que essa sociedade nos diz que deve ser prioridade. Esse momento é precioso”, detalha a ouvidora Joyce Ramos.
