Site da Defensoria Pública do Estado do Ceará

conteúdo

Rede Acolhe participa de Seminário “Cuidando em Rede 2: Fluxo de atenção para vítimas de violência armada”

Rede Acolhe participa de Seminário “Cuidando em Rede 2: Fluxo de atenção para vítimas de violência armada”

Publicado em

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) promoveu, nesta sexta-feira (07/06), o seminário “Cuidando em Rede 2: Fluxo de atenção para vítimas de violência armada”. O evento é uma realização do Comitê de Prevenção e Combate à Violência (CPCV), do Escritório Frei Tito de Alencar, da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC) e da Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace).

A Rede Acolhe participou da programação com sua equipe que tem a supervisão da defensora Gina Kerly Moura. “o prograna Rede Acolhe é um programa pioneiro de acesso à justiça às vitimas de violência, com quase 7 anos de existência. Nós sabemos da importância de uma rede de garantia de serviços não só de acesso à justiça, mas de todos os equipamentos voltados a esse público específico, estando em pleno funcionamento, pra que que a gente potencializar os atendimentos e as medidas de proteção, de modo que essa população possa seguir de modo seguro, dentro de um campo que respeite as suas singularidades”, disse a supervisora.

Na fala de abertura, o presidente da Alece, deputado Evandro Leitão (PT), destacou o momento. “Temos procurado debater através de espaços como esses ações concretas, de políticas públicas que nós criamos e enviamos para o Poder Executivo, contribuem para que a gente possa reduzir a violência e termos uma sociedade mais segura”, afirmou.

O objetivo da programação, que se estendeu durante todo o dia com a presença de diversos palestrantes, foi debater sobre o contexto da violência armada no Ceará e no Brasil e sobre a forma como grupos violentos têm ocupado e se deslocado nos territórios. Foram destacadas ainda práticas exitosas de atendimento a vítimas de violência por meio de políticas públicas. “Atender vítimas de violência, além de ser correto com aquela vítima ou a família sobrevivente, também evita que novas violências possam acontecer. Aqui a gente está tentando reunir (entidades e órgãos de acolhimento às vítimas) no sentido de que nós possamos organizar exatamente essa política de prevenção”, pontuou o presidente do CPCV e da CDHC, deputado Renato Roseno (Psol).

No Seminário também foi iniciada a formação de 100 profissionais que atuam na rede especializada, em serviços ou instituições que atendem diretamente às vítimas de violência armada no Ceará. A proposta é alinhar os fluxos e fortalecer a comunicação entre os serviços para o atendimento a vítimas diretas e indiretas da violência armada. O coordenador técnico do CPCV, Thiago de Holanda, que é também da Rede Acolhe, explicou mais sobre a iniciativa.

“O CPCV realizou uma formação em 2019 sobre a rede de atendimento à vítima de violência e chegamos a 750 profissionais da assistência social e da saúde. Agora a gente quer chegar naquelas pessoas que atuam nos programas especializados, porque, a partir da primeira pesquisa do comitê para hoje, a gente tem uma rede especializada de programas que atendem vítimas de violência armada e a gente precisa fortalecer o fluxo e a comunicação entre serviço para reparar, acolher e reconhecer essas vítimas e a partir delas evitar que outras mortes aconteçam”, comentou Thiago de Holanda.

A formação segue por quatro semanas, restrita a profissionais indicados pelos serviços e instituições que atuam no atendimento a vítimas de violência armada.