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Defensoria realiza audiência pública em Tianguá para tratar sobre LGBTQfobia

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LGBTQfobia

No próximo dia 02 de março, o Núcleo de Direitos Humanos e Ações Coletivas (NDHAC) da Defensoria Pública, em parceria com a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para LGBT do Governo do Estado, irá realizar, em Tianguá, uma audiência pública em razão de denúncias de LGBTQfobia que estariam ocorrendo no município. O evento será realizado na Câmara Municipal de Tianguá, às 9h, e é aberto à população.

“Recebemos aqui no NDHAC uma denúncia de que estariam disseminando desinformação quanto à população LGBTQ da cidade de Tianguá; desinformação essa, fundamentada em intolerância, palavras de ofensa e, até mesmo, agressões à essa população”, explica a defensora pública e supervisora do NDHAC, Sandra Sá.

O produtor cultural e presidente do Conselho de Política Municipal de Cultura, Natal Portela, veio ao Núcleo de Direitos Humanos para denunciar cenas de ameaças e violências aos direitos da comunidade LGBTQ tianguaense. “Uma pessoa que não consegui identificar espalhou um boato nas redes sociais de que eu estava querendo implementar uma cartilha sobre ensino de gênero, para ensinar as crianças a serem homossexuais”. Portela fala ainda que recebeu por diversas vezes, áudios de ameaça e incitando o ódio contra a população LGBTQ.

Para o defensor público atuante em Tianguá, Oderman Medeiros, “a Defensoria Pública, como órgão de excelência na proteção da dignidade da pessoa humana, deve sempre ficar atenta a qualquer possível violação dos direitos humanos, especialmente em uma tem que gera tantas polêmicas. A audiência pública servirá para esclarecer a população sobre a temática”.

As declarações espalhadas pela cidade podem ter motivado ofensivas ainda mais graves como a que vitimou Cleohara Moita de Sousa, apedrejada por homens ao voltar da academia, no dia 28 de junho de 2017. “Foi nesse contexto, que percebemos a importância de levar a discussão para a cidade de Tianguá, por meio de uma audiência pública. Então, como essa questão não é só jurídica; não é só caso de processar individualmente cada um que afligiu as vítimas, vimos que lá precisa de uma ação política, focada em educação de direitos”, finaliza Sandra Sá.

Audiência Pública LGBTQfobia
Dia 02 de março, às 9h
Câmara Municipal de Tianguá
R. Dep. Manoel Francisco, 650 – Centro, Tianguá – CE