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Nudem realiza roda de conversa em alusão aos 21 dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Nudem realiza roda de conversa em alusão aos 21 dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher

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O Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nudem) da Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE), realizou na última terça-feira, 06.12, uma roda de conversa em alusão aos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. A ação teve o intuito de fomentar o debate sobre o combate aos vários tipos de violência contra meninas e mulheres. Na ocasião estiveram presentes a defensora pública titular do Nudem, Anna Kelly Nantua, e a psicóloga do Núcleo, Úrsula Goes. O encontro aconteceu no MiniMuzeu Firmeza, localizado no bairro Mondubim e reuniu lideranças de comunidades de Fortaleza.

A titular do Nudem, Anna Kelly Nantua, explica a atuação. “O objetivo é despertar esse tema nas mulheres para que elas possam se reconhecer vítimas de violência quando estiverem inseridas no ciclo de violência e também para aquelas possam ajudar a identificar outras mulheres, saber onde buscar ajuda e o que fazer em casos onde estejam nessa situação”, relata.

A defensora ressalta a relevância da educação em direitos para a população mais vulnerável. “Esse trabalho de educação em direitos através de rodas de conversas nas comunidades é muito rico porque a gente aproxima a temática daquelas mulheres que tem uma dificuldade de entendimento, a dificuldade de irem atrás dessa temática, então a gente leva esse conhecimento até elas”.

A atuação do Núcleo na Capital funciona na Casa da Mulher Brasileira (CMB), equipamento do Governo estadual referência em atendimento à mulher vítima de violência e que reúne entidades que fazem parte da rede de proteção às vítimas. “Aqui em Fortaleza a gente tem a Casa da Mulher Brasileira que é o equipamento onde vários órgãos que compõem essa rede estão inseridos como a Defensoria Pública, a Delegacia da Mulher, o Ministério Público, o Poder Judiciário Centro de Referência da Mulher. São órgãos que estão trabalhando juntos de forma articulada para acolher aquela mulher vítima de violência e para tomar as medidas necessárias para que ela rompa esse ciclo e tenha uma nova vida, uma vida digna”, salienta a titular do Nudem.

Além da ação educativa por meio da roda de conversa, foi realizado o atendimento através da Van da Defensoria para mulheres que solicitaram atendimento individualizado, o serviço contou com atendimento jurídico gratuito e serviço psicológico.

Campanha  21 dias de Ativismo pelo fim da violência contra a mulher

Criada pela a Organização das Nações Unidas (ONU), internacionalmente a campanha é designada como 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, iniciando em 25 de novembro, data que é celebrado o Dia Internacional da Não Violência contra as Mulheres e finaliza em 10 de dezembro, data da proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento que é um marco na defesa de direitos e liberdades fundamentais ao seres humanos. No Brasil, pela urgência ao enfrentamento à violência contra mulher, a campanha inicia em 20 de novembro, data que é celebrado o Dia da Consciência Negra e segue até 10 do mês seguinte.

Essa urgência debatida na campanha é reflexo dos números alarmantes de violência contra a mulher no país. No Brasil, apenas no primeiro semestre deste ano, foram registrados 699 feminicídios – homicídio praticado contra a mulher em razão da discriminação de gênero ou violência doméstica e familiar. Os números já são os maiores entre todas as estatísticas registradas, durante o período, em média quatro mulheres por dia perderam a vida em decorrência da violência, as informações são do Portal G1, com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que informa que o aumento em relação ao primeiro semestre de 2021 foi de 3,2%, quando 677 mulheres foram assassinadas.

No Ceará, a DPCE atua na defesa dos direitos das mulheres vítimas de violência com núcleos em Fortaleza, Juazeiro e Crato. De janeiro a outubro de 2022, o Nudem registrou 7.047 atendimentos às mulheres vítimas de violência doméstica, o índice representa uma média mensal de 600 cearenses atendidas pelo Núcleo.