
Pessoas trans e travestis que trabalham na Defensoria terão encontros periódicos; primeiro ocorre nesta sexta (29)
As pessoas trans e travestis que trabalham na Defensoria Pública do Estado do Ceará (DPCE) passarão a ter encontros periódicos e integrativos a partir da tarde desta sexta-feira (29/9). O primeiro deles ocorre na Biblioteca Pública Estadual do Ceará (Bece), em Fortaleza.
A atividade é promovida pela Assessoria de Relacionamento Institucional (Arins) e pelo serviço Psicossocial da DPCE, atendendo às determinações da Instrução Normativa nº 123/2022, da própria Defensoria, que dispõe sobre diretrizes organizacionais para atendimento, inclusão laboral e continuidade dessas pessoas na entidade.
Essas orientações foram formalizadas em fevereiro deste ano, em evento alusivo ao Dia da Visibilidade Trans. “É muito importante que a gente cumpra a instrução normativa porque não se trata somente de garantir o acesso de homens e mulheres trans e travestis ao mercado de trabalho por intermédio da ocupação de vagas na Defensoria com esse público. Estamos falando sobre a permanência dessas pessoas, e uma permanência respeitosa, afetuosa e saudável. Porque o mundo já é hostil demais com elas”, afirma a titular da Arins, defensora Lia Felismino.
Desde a edição da IN, oito pessoas trans e travestis foram contratadas e compõem os quadros da Defensoria Pública. Elas exercem diversas funções e atuam em seis setores diferentes, dispostos tanto na sede administrativa da DPCE quanto em núcleos especializados de Fortaleza. São eles: Assessoria de Comunicação (1), Serviços Gerais (2), Arins (2), Núcleo do Idoso (1), Juizados (1) e Rede Acolhe (1).
“A ideia é todos nós irmos de roupas leves, para que possamos sentar no chão, ficar bem à vontade e promover um momento de escuta, troca de experiências e acolhimento para todas, todos e todes. Será um momento de partilha muito importante”, avalia a coordenadora do Psicossocial da DPCE, psicóloga Andreya Arruda Amendola.